CONTROLE DE MATERIAIS RADIOATÔMICOS FOI ALTERADO APÓS ACIDENTE DE 1987
2001-10-02
Apesar de a Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) assegurar que diminuíram os riscos de um acidente com césio, para o vice-presidente da Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luís Pinguelli Rosa, ainda há muita deficiência em proteção nuclear. Para o físico, um dos principais problemas para o monitoramento das fontes - usadas em hospitais, indústrias e pesquisa - é o número reduzido de profissionais qualificados. No país, há 55 fiscais para controlar 9.406 fontes em 1.641 instituições. O césio solúvel foi substituído por matrizes sólidas, metálicas, que impedem a propagação da radiação. O acidente radioativo de 1987 também obrigou o órgão a reformular todo o sistema de controle e fiscalização de materiais radioatômicos usados no país para diferentes finalidades. Até 87, a comissão limitava-se a cadastrar as fontes e recolhê-las quando solicitado. Atualmente, toda a vez que uma fonte é comprada, a licença é dada pela Cnen. Se o projeto de uso for aprovado, ainda ocorre uma visita de acompanhamento. Depois de instalada, a fonte é monitorada pela Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária, obrigada a manter um supervisor treinado pela Cnen e um físico. (FSP/C1, 1°/10)