Eletrobrás deixa de investir em termelétrica
2006-05-11
O presidente da Eletrobrás, Aloisio Vasconcelos, afirmou ontem (10/05) que será
suspensa a usina termelétrica com 1.120 megawatts de potência que seria
construída na fronteira com a Bolívia. O negócio, em associação com o
empresário Eike Batista, tinha previsão para ficar pronto em cinco anos.
"Há uma parada estratégica de reprogramação. A idéia não morre, mas a
velocidade da implantação será reduzida", afirmou Vasconcelos, que participou
ontem do seminário sobre energia realizado no Rio.
A EBX, siderúrgica de Eike Batista que seria construída na Bolívia, já foi
cancelada após ameaças de expulsão do governo local. Eike já informou que
estuda a mudança da unidade para o Paraguai ou em Corumbá (MT). Mesmo assim, o
prejuízo de desmonte da siderúrgica já chega a US$ 60 milhões. O empresário
também descartou que a crise da Bolívia afete o plano de internacionalização
da empresa, que está em análise no Congresso Nacional.
Nova aquisições no País
Ontem, Vasconcelos ainda anunciou a jornalistas a aquisição de 49% da concessão
da usina hidrelétrica de Serra do Facão, em Goiás. Além disso, afirmou que, no
momento, negocia a compra de Salto do Pilão, em Santa Catarina. "O contrato de
Serra do Facão deverá ser assinado em até 15 dias", afirmou Vasconcelos, que
prevê investimentos totais no valor de R$ 450 milhões no projeto, com
capacidade para gerar 210 megawatts.
(GM, 11/05/06)