Polícia Ambiental vistoria prejuízos de devastação em Campo Alegre (SC)
2006-05-11
A Polícia Ambiental esteve, ontem, numa fazenda em Campo Alegre (SC) para avaliar os prejuízos da devastação causados pela fabricação clandestina de carvão.
A exploração irregular dos recursos no local foi descoberta por meio de denúncia anônima. Após checar a informação, os policiais encontraram uma área de aproximadamente 7 mil metros quadrados recentemente devastada. De acordo com os policiais ambientais, a prática de incendiar a vegetação e depois aproveitar as árvores para outras atividades é muito comum, contudo é necessário haver um planejamento e dispor de uma licença ambiental para realizar a exploração de forma ordenada.
No momento da autuação, estavam na fazenda apenas o responsável pela manutenção da propriedade e dois funcionários que permanecem em liberdade. A polícia ainda não tem o nome completo do proprietário da fazenda. Sabem, apenas, que trata-se de um pecuarista da região que será intimado a responder sobre a exploração ilegal.
Na fazenda, foram encontrados, ainda, dois fornos utilizados para transformar a madeira retirada em carvão. Para o soldado da polícia ambiental, Marcos Aurélio Gomes, além da exploração indevida, madeiras nobres estavam sendo transformadas em carvão. "Encontramos espécies como imbuia e canela sendo transformadas em carvão e comercializadas ilegalmente no Paraná". Os fornos tinham capacidade de consumir 14 metros cúbicos de madeira por fornada, tarefa repetida sete vezes por mês. Outro fator que agrava a situação é a existência de mais de 500 cabeças de gado soltas na propriedade consumindo a vegetação que ainda cobre a região.
(A Notícia, 11/05/06)