(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-05-11
A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Rio Grande do Sul encontrou solução inovadora para um problema ambiental que ocorria no assentamento Filhos de Sepé, localizado a 40 quilômetros de Porto Alegre (RS). A implantação de um Distrito de Irrigação – uma associação formada pelos próprios assentados com a participação do Incra como observador – foi a resposta para o desequilíbrio ambiental ocasionado pelo mau uso da água. “Essa é a primeira experiência do Incra em adaptar a sustentabilidade ambiental às condições da legislação agrária”, afirma o engenheiro agrônomo Marcelo Almeida Bastos, responsável pela área ambiental do Incra/RS.

O Filhos de Sepé é o maior assentamento do estado, com 374 famílias vivendo em 9,6 mil hectares. É um assentamento que demanda preocupação especial com a questão ambiental, pois está localizado junto a uma área de preservação - o refúgio de vida silvestre Banhado dos Pachecos. O assentamento possui um reservatório de água potável que desempenha papel importante no ecossistema local. “Como a água vinha sendo utilizada de forma desordenada para irrigar lavouras de arroz, havia seca e os incêndios no banhado eram freqüentes”, explica Bastos.

A situação levou ao estabelecimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual o Incra se comprometia, junto ao Ministério Público, a adotar medidas para eliminar os danos ambientais, através do uso racional da água. Com isso, foi elaborado um estudo sobre a utilização da barragem sem prejuízo do banhado, em convênio firmado entre o Incra e o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

Conscientização dos agricultores
O estudo concluiu que, de forma planejada, é possível irrigar até 1,6 mil hectares de arroz por ano sem prejudicar o refúgio silvestre. Essa irrigação ordenada ficou a cargo do Distrito de Irrigação. Assim, os próprios assentados orientam a gestão da barragem. Uma pequena tarifa sobre a utilização da água possibilitou a contratação de técnicos e a compra de equipamentos.

Segundo o engenheiro do Incra, o envolvimento dos agricultores foi fundamental para o sucesso do projeto. O prazo inicial era de três anos, mas o projeto gerou resultados em apenas um ano de implantação. “O problema acabou se transformando em uma oportunidade de mostrar que os assentados podem produzir e ao mesmo tempo preservar o meio ambiente”, pondera Bastos.

Após a implantação do projeto, não houve mais incêndios na reserva, mesmo com a seca do verão. O manejo da água do assentamento foi tão eficiente que possibilitou o abastecimento suplementar do município de Gravataí, onde a população sofreu com a estiagem. Bastos conta que o mesmo modelo de manejo de água, com apoio técnico e organizacional do Incra, será implementado a partir de julho no assentamento Meia-Água Unidos Venceremos, em Hulha Negra (RS).

Lavoura ecológica
O termo de conduta firmado pelo Incra também determina que, em até três anos, toda a produção do assentamento deverá ser orgânica, o que proíbe o uso de veneno e adubo químico. Para Uli Zang, um dos agricultores do Filhos de Sepé, isso não é problema. Boa parte da lavoura do assentamento já é produzida organicamente. “Com a produção orgânica, temos nossas próprias sementes e insumos, não dependemos da compra no mercado para produzir. Além disso, preservamos não só a saúde de quem consome, como a de quem produz”, orgulha-se.
(Ministério do Desenvolvimento Agrário, 10/05/06)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -