Prometido para março, o Disque-pichação da Capital ainda não entrou em vigor devido à burocracia.

A prefeitura promete o serviço para o dia 25. O número será o 153 e funcionará 24 horas.

Enquanto isso, população e poder público gastam com o problema. Só a Secretaria Municipal do Meio Ambiente teria de desembolsar R$ 2 milhões para limpar monumentos pichados se não tivesse fechado convênio com empresas privadas.

Segundo o titular dos Direitos Humanos e Segurança Urbana, Kevin Krieger, o Disque-pichação ajudará a coibir a prática, pois acionará guardas municipais que se irão ao local.

- Estamos tentando uma parceria com a Polícia Civil para que investigue as marcas deixadas. Mais adiante, queremos discutir o aumento da pena para os infratores - diz Krieger.

Enquanto o serviço não entra em vigor, a praga é tolerada por moradores como a aposentada Neuza Morales, 62 anos:

- Eles (o pichadores) escolhem pinturas novas. No que se pinta, eles aparecem. Pinta num dia e quando acorda no outro está tudo assim - diz ao mostrar o muro da casa na Avenida Aparício Borges rabiscado.
(ZH, 10/05/06)