(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-05-10
Responsável pela gestão das águas de 13 municípios do Vale do Rio Pardo, o Comitê de Gerenciamento de Recursos Hídricos da região definiu ontem por onde vai começar a desenvolver seu trabalho prático. Os problemas de disponibilidade e qualidade das águas superficiais são as principais prioridades. A definição ocorreu na reunião do Comitê Pardo realizada ontem à tarde, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

Em segundo lugar ficou a capacitação técnica e educação ambiental. Em seguida aparecem os problemas da mata ciliar; uso do solo; gestão de recursos hídricos; vulnerabilidade das águas subterrâneas; morfologia fluvial e suscetibilidade a enchentes.

Na próxima reunião, dia 13 de junho, em Santa Cruz, começam os trabalhos de estudo e definição das atividades mais importantes, que serão implementadas primeiro para atacar os problemas das águas da bacia. A empresa Ecoplan Engenharia, em parceria com técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), vai apresentar sugestões de ações a serem discutidas pelos membros do comitê.

Elas deverão estar ligadas, por exemplo, ao tratamento de afluentes e agentes poluidores. Em Santa Cruz – o maior município da bacia hidrográfica –, apenas 6% da população urbana está ligada à rede da estação de coleta e tratamento de esgoto. Enquanto isso, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pindorama, que ocupa uma área de 72 hectares no Bairro Santuário, tem capacidade instalada para processar o esgoto de 70 mil pessoas, mais da metade da população urbana e rural de Santa Cruz.

Segundo a presidente do Comitê Pardo, Lúcia Müller Schmidt, a priorização foi decidida pelos membros do órgão, que é constituído por 15 categorias, representando usuários da água, população e órgãos públicos estaduais e federais. Ela explicou que o problema das enchentes, que atinge moradores dos bairros Várzea e Navegantes, também de Santa Cruz, ficou em último na escala das prioridades, mas isso não significa que não haverá nenhuma medida para minimizá-lo.

“Uma coisa está ligada a outra. No momento em que atacarmos a poluição, a mata ciliar e o uso do solo, por exemplo, estaremos agindo contra as enchentes”, salientou. Lúcia frisou que os alagamentos naquela região são também um problema social, e não apenas ambiental. “O Plano Diretor que está em vigor proíbe a construção de moradias em toda aquela área. E como há dezenas de casas lá, com toda a infra-estrutura?”, questionou.

Recursos

O coordenador técnico da Ecoplan no Plano Pardo, Henrique Kotzian, explicou que a escolha das prioridades faz parte da chamada Etapa C do plano. “A partir de agora começamos os detalhamentos técnicos que vão possibilitar o início efetivo das ações práticas para a solução dos problemas hídricos.” Depois de definidas, acrescentou ele, virá a fase de coleta de recursos. “Não dá para fazer fantasia. A execução dos projetos terá um custo e isso precisa ser pago por alguém. Vamos buscar todo tipo de ajuda, seja do governo ou da população”, antecipou.

As prioridades

1 – Águas superficiais (disponibilidade e qualidade)
2 – Capacitação e educação
3 – Mata Ciliar
4 – Uso do solo
5 – Gestão de recursos hídricos
6 – Vulnerabilidade das águas subterrâneas
7 – Morfologia fluvial
8 – Suscetibilidade a enchentes

O que é o comitê

O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, instalado em março de 1999, é responsável pela gestão das águas da região. Trata-se de um órgão deliberativo e com força legal, formado por representantes dos usuários da água, da sociedade civil e de órgãos públicos estaduais e federais.

O plano

O Plano de Bacia é o planejamento da conservação da água nos mananciais, que vai culminar com ações práticas, tendo um horizonte de 12 anos, revisado a cada quatro anos. O da bacia do Rio Pardo está em fase adiantada de elaboração e é o único do Estado que já está na elaboração do programa de ações da etapa C. As duas primeiras fases – levantamento da situação atual das águas e consultas públicas para verificar que tipo de usos os moradores querem fazer das águas no futuro – já foram encerradas.

A bacia

A Bacia Hidrográfica do Rio Pardo é formada pelos rios Pardo e Pardinho, e seus afluentes. A área de drenagem é de 3.637 quilômetros quadrados, abrangendo 13 municípios: Barros Cassal, Boqueirão do Leão, Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Lagoão, Passa Sete, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz. A bacia é responsável pelo abastecimento de 212 mil pessoas.
(Gazeta do Sul, 10/05/06)

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -