Sete estações rádio-base foram desligadas ontem, em Porto Alegre, por decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS). Com a medida, os moradores de 17 bairros podem enfrentar dificuldades para usar o celular devido à possibilidade de interrupção das chamadas ou perda acentuada da qualidade dos serviços, segundo informou a operadora de telefonia.

Os bairros mais atingidos pelo desligamento são Auxiliadora, Cascata, Cavalhada, Cristo Redentor, Glória, Higienópolis, Jardim Floresta, Jardim Lindóia, Jardim São Pedro, Maria Goretti, Medianeira, Passo D Areia, Petrópolis, Teresópolis, Tristeza, Vila Conceição e Vila Nova.

O desligamento atinge as antenas da operadora de telefonia Vivo localizadas a uma distância inferior a 50 metros de hospitais, escolas, creches, clínicas cirúrgicas, geriátricas e centros de saúde. Em nota oficial, a empresa informou que estão sendo tomadas as devidas providências para garantir a cobertura de sinal nos bairros impactados pela decisão. A companhia reiterou que as sete antenas desligadas foram instaladas com todas as licenças legais e necessárias, exigidas na data da implantação, e atendem aos requisitos e limites estabelecidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Além disso, os equipamentos estariam dentro dos critérios definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

A Associação Nacional das Operadoras Celulares (Acel) informou que o desligamento das estações rádio-base coloca em risco a qualidade do serviço celular em Porto Alegre. O coordenador estadual do Procon, Alexandre Appel, afirmou que pouco pode fazer pelos clientes que porventura se sintam prejudicados pelo desligamento. "Não temos o que fazer, porque a operadora está seguindo a legislação municipal. Estamos amarrados", comentou o dirigente.
(CP, 10/05/06)