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2006-05-09
A produção de sementes de hortaliças agroecológicas, ou seja, sem agrotóxicos, será o principal tema debatido a partir de hoje (9) na cidade de Candiota (RS), durante o 3º Encontro Nacional da Rede Bionatur de Sementes Agroecológicas. O encontro também vai discutir o uso de agrotóxicos, agroecologia e vai apresentar a Rede Bionatur de agroecologia.

A Bionatur foi criada em 1997, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em assentamentos da região sul do Rio Grande do Sul. Coordenado pela Cooperativa Regional dos Agricultores Assentados (Cooperal), o projeto começou com apenas 12 famílias de assentamentos de Candiota e Hulha Negra, e hoje já produz 63 variedades de sementes de hortaliças de forma ecológica, sem uso de agrotóxicos, envolvendo o trabalho de 230 famílias em 20 municípios do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e sudeste de Minas Gerais. A Produção de sementes na safra 2005/2006 chegou a 22 toneladas, das quais 10 toneladas já foram comercializadas. Em média, são vendidos R$ 100 mil em sementes por ano.

As sementes possuem certificação de produção agroecológica junto ao Ministério da Agricultura e são comercializadas em praticamente todos os Estados do Brasil, gerando uma renda média de R$ 3 mil por ano para cada família. A Bionatur agora é coordenada pela Cooperativa Agroecológica Terra e Vida (Conaterra), desde junho de 2005.

“Trabalhamos na perspectiva de enfrentar o atual modelo agrícola, imposto pelas multinacionais, que controlam o mercado de sementes no Brasil e no mundo. A Rede Bionatur se pauta pela produção de alimento sadio, livre de agrotóxicos e de transgênicos, o que é a base para a soberania alimentar do povo”, afirma Marino de Bortoli, da coordenação da Rede.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Bionatur é a única empresa brasileira que trabalha exclusivamente com sementes agroecológicas. Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador da Rede Bionatur, Vladimir Moreira, a rede já desenvolveu técnica para produzir 117 variedades de hortaliças, 15 de adubação verde e 10 culturas essenciais para o auto-sustento das famílias. Todos sem agrotóxicos.

"O projeto também inclui a formação e capacitação em agroecologia das famílias, a formação e capacitação com a assistência técnica, a produção, seleção e melhoramento local, o beneficiamento, a armazenagem e a venda das sementes", disse Vladimir.

Ele informou que os principais compradores de sementes são o próprio MST, organizações que trabalham com agroecologia e algumas empresas que trabalham com agricultura convencional. Algumas famílias chegam a receber R$ 500 por mês com a venda das sementes agroecológicas.

Outro assunto que será debatido durante o encontro nacional será a certificação das sementes. Vladimir explicou que atualmente as sementes produzidas pela Rede Bionatur recebem apenas a certificação participativa, atestada pelo próprio consumidor.

"A melhor certificação é o consumidor visitar o campo de produção, conversar com os agricultores e ver o trabalho que eles realizam", afirmou Vladimir. Ele informou que outro tipo de certificação em órgãos especiais começará a ser discutido pelos agricultores.

O 3º Encontro Nacional da Rede Bionatur de Sementes Agroecológicas, que vai até quinta-feira (11), discutirá ainda a expansão da rede para outros estados, inclusive para regiões do semi-árido. Na dia de encerramento do evento, será inaugurada a nova Unidade de Beneficiamento de Sementes, que foi constituída com financiamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Ministério da Integração Nacional.
(Informações do MST/RS e Radiobras)

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