Simpósio discute matérias-primas para produção de energia vegetal em Pelotas
2006-05-09
Após atingir a auto-suficiência na produção de petróleo, produto energético
não-renovável, o Brasil parte em busca do aumento da geração de energias
renováveis, área onde o país se encontra em situação privilegiada para se
fixar como uma das grandes potências produtoras de fitomassa bioenergética.
Isso tem estimulado o debate sobre o tema, como o que ocorre terça (09/05) e
quarta-feira (10/05), durante o Simpósio do Agronegócio de Plantas Oleaginosas: matérias-primas para o biodiesel, promovido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/Esalq), com o incentivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O encontro visa a promover a exposição e o intercâmbio de conhecimentos voltados à produção de combustíveis vegetais, com ênfase na capacidade nacional de produção agrícola, na qualidade de matérias-primas para a obtenção do biodiesel e no potencial agroindustrial em larga escala.
Líder mundial na produção de etanol a partir da sacarose contida na cana-de-açúcar, o governo investe na produção de biodiesel - biocombustível largamente utilizado em alguns importantes países da Europa e que pode ocupar papel relevante na composição da futura matriz energética nacional.
Na busca por fontes alternativas e renováveis de energia, muitos dos projetos em andamento se apóiam nas matérias-primas provenientes de vegetais, principalmente pela elevada capacidade e eficiência produtiva do agronegócio nacional e pelas extensas áreas cultiváveis existentes.
Um dos organizadores do evento, o professor Gil Miguel de Sousa Câmara, do departamento de Produção Vegetal da Esalq, informa que entre os principais temas abordados será discutido o potencial da cultura de oleaginosas para produção de biodiesel, tais como o amendoim, girassol, mamona e soja. “Especialistas em cada uma dessas culturas estarão presentes para esclarecer quanto cada uma delas pode produzir de óleo”.
(Diário Popular, 08/05/06)