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2006-05-08
O Ministro interino do Meio Ambiente, Cláudio Langone, afirmou na sexta-feira (5/5), em visita à Feira Internacional de Ecologia e Meio Ambiente (Fiema Brasil), em Bento Gonçalves, que os ambientalistas devem propor estratégias de desenvolvimento que incorporem a preservação da natureza, buscando uma agenda comum com o setor empresarial. Langone esteve no evento para proferir palestra sobre as parcerias público-privadas na área ambiental e participar do I Encontro Nacional de Comandantes de Polícia Ambiental, que aconteceu em paralelo à feira, encerrada no sábado depois de receber um público de 17.600 pessoas nos quatro dias de evento.

“A degradação do ecossistema não pode ser combatida apenas com fiscalização e medidas punitivas, mas também com a criação de alternativas econômicas para os setores que produzem sem levar em conta a sustentabilidade”, afirmou. Langone propôs “regras de transição” para resolver problemas como os ds carvoarias brasileiras, que usam mão-de-obra escrava e provocam o desmatamento de florestas nativas. “A produção de carvão vegetal é arcaica, mas alimenta a indústria siderúrgica, que é das mais modernas no País. Precisamos resolver esta contradição, com projetos de longo prazo, que gradativamente incorporem ao desenvolvimento do setor uma visão ambiental”, declarou. O Ministro em exercício disse ainda que a legislação brasileira nessa área é forte, mas precisa ser cumprida, através do diálogo com as cadeias produtivas, e não pela via do conflito.

Rodada de negócios deve gerar R$ 5,5 milhões
Durante a feira, dez empresas da comunidade européia negociaram com expositores do Brasil, num total de 99 reuniões realizadas somente nos primeiros três dias da feira, o que deve gerar negócios na ordem de R$ 5,5 milhões. O consultor Jürgen von Borries, responsável pela organização da rodada, diz que os empresários europeus ficaram entusiasmados com as possibilidades do mercado nacional, em especial o gaúcho. “Nas visitas técnicas a empresas e entidades locais, os empreendedores ficaram positivamente surpresos com a tecnologia e os processos empregados no Rio Grande do Sul”, destaca.

“Há uma grande consciência ambiental na indústria gaúcha”, diz o diretor da Vomm Turbo Technology, Marco Vezzani. A empresa italiana fabrica desde 1969 equipamentos e sistemas para redução de volume dos resíduos industriais. Desde 1979, tem uma unidade de produção em São Paulo, que atende a toda América Latina, e, no Brasil, tem contas como a da Petrobrás. “As rodadas garantiram excelentes contatos”, avalia.

Participaram das reuniões empresas das áreas de energia eólica, sistemas de tratamento de resíduos e tecnologias para tratamento de efluentes. O objetivo dos empresários da Europa foi conhecer o mercado local, para firmar parcerias comerciais.

Cases ambientais
Empresas e entidades que desenvolvem tecnologias e soluções para a área ambiental foram o destaque na segunda edição da Fiema. É o caso da Maldaner Sul, que mostra no evento um equipamento para picar podas de árvores, possibilitando uma redução de 80% no volume do resíduo. “Esta tecnologia permite o uso de galhos como adubo e evita a diminuição do tempo útil de aterros”, diz Claudionor do Canto, diretor da empresa gaúcha que vende o produto, no mercado há um ano, para Prefeituras de todo Estado. O expositor informa que mais de 30 prefeituras já adquiriram o equipamento. “A previsão é comercializar mais 40 unidades até julho”.

Outro destaque é o concentrador a vácuo da Monofrio - HBSR, empresa também gaúcha que atua há 12 anos no mercado e a única no país a produzir este tipo de equipamento. “As tecnologias utilizadas não são novas, mas a integração delas num único sistema é inédita”, explica Higino Bitarello, diretor da empresa. Utilizado para separar sais de níquel e cromo da água, em processos de tratamento de superfície, empregados principalmente pelo setor metal-mecânico, o equipamento permite o reuso da água e desses metais, economizando recursos e evitando o descarte de poluentes no ambiente. Bitarello diz que o produto é comercializado para todo país e gera uma economia, a longo prazo, 40% superior ao seu custo, que é de R$ 200 mil.

Iniciativas sócio-ambientais também foram apresentadas na feira, que procura agregar entidades ao seu núcleo de expositores. Um dos projetos na área é o Pelotão Curumim, de Bento Gonçalves, que mostrou sua oficina de reciclagem, da qual participam 40 adolescentes de baixa renda, de 14 a 16 anos.

Lançamentos em soluções ambientais
A Fiema reuniu no Parque de Eventos de Bento Gonçalves novidades em soluções ambientais para os setores agrário, industrial e público. É o caso da Rofti Química Industrial, que desenvolveu uma idéia simples, mas de grande eficácia para evitar a contaminação do solo. A empresa, localizada em Estância Velha, está começando a produzir água sanitária, para consumo doméstico, com o sal proveniente do pólo de curtumes que existe na região. “Quando não é reaproveitado, este resíduo contamina o solo e gradativamente provoca a extinção das espécies que vivem nos rios”, explica Luiz Antônio Garcia, diretor da empresa. Ele informa que, já a partir deste mês, serão aproveitadas 1,5 toneladas de sal por dia para a produção diária de 20 mil litros de água sanitária, que será distribuída e comercializada em mercados.

Outro lançamento foi mostrado pela Isca, empresa de Ijuí que desenvolve ferramentas e soluções para manejo de pragas. Trata-se de uma armadilha para mosquitos, resultado de uma pesquisa da empresa em conjunto com uma universidade de São Paulo. O produto serve para fazer o controle de insetos transmissores de doenças, como malária, dengue e febre amarela, sem a utilização de inseticidas, mas através de atrativos alimentares e feromônicos (cheiros). “O objetivo é oferecer às prefeituras um método mais eficaz para o monitoramento de focos desses insetos e dessas doenças”, diz Leandro Mafra, gerente da empresa. Ele informa que a tecnologia já despertou o interesse dos Estados Unidos, que encomendou 200 unidades do produto.

O segmento de tratamento de efluentes industriais e de saneamento básico também apresentou lançamentos na Fiema Brasil. A Weatherford, empresa americana que desde 1998 tem uma unidade no Brasil, em São Leopoldo, mostra seu mais novo equipamento para tratar efluentes. Trata-se de um misturador, utilizado no processo de descontaminação da água, que tem volume e potência menores do que seus similares.

“A idéia de lançar um equipamento para estações de tratamento menores surgiu da necessidade de atender indústrias de pequeno e médio porte, que, nos últimos anos, têm se preocupado mais com o reaproveitamento de recursos naturais”, destaca Alexandre Maciel, diretor comercial. Ele diz que este equipamento é produzido somente pela unidade brasileira e, após a feira, deve ser comercializado em todo país.
Por Juçara Dini e Basílio Sartor, Ass. de Imprensa Fiema Brasil 2006.

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