Ministro diz que obra da BR-163 ficará para 2007
2006-05-05
O ministro da Integração Nacional, Pedro Brito do Nascimento, afirmou
ontem (4), em Cuiabá, que o governo federal não tem condições de
pavimentação a BR-163 neste ano, conforme havia prometido. Ele assegura que isso
só será possível a partir do primeiro semestre de 2007. Brito admitiu
que a rodovia deverá contar com cobrança de pedágio para compensar o
investimentos na obra.
De acordo com o ministro, o edital para realização de uma Parceria
Público-Privada (PPP) será lançado até julho. Uma empresa privada já teria
demonstrado interesse em realizar a obra, que deverá ser concluída em
dois anos e ligará 1,7 mil km entre Cuiabá e Santarém (PA).
"A obra sairá efetivamente do papel e será acompanhada por um
planejamento estratégico de desenvolvimento econômico e ambiental para toda essa
região", afirmou o ministro, após reunião com o governador Blairo
Maggi, no Palácio Paiaguás. Ele alega ainda que a obra representará a
possibilidade de "justiça social" para as comunidades que dependem
diretamente da 163.
Segundo Brito, a adoção do pedágio ainda não está definida, assim como
valores e trechos em que a cobrança poderá ser feita. Já está garantido
no Plano Plurianual (PPA) do próximo governo R$ 1 bilhão para a obra.
Em Mato Grosso, faltam ser pavimentados 50 km da rodovia.
Cerca de 30 km da 163 já foram pavimentados neste ano através de uma
parceria do governo do Estado com a União e que custou aproximadamente R$
6 milhões aos cofres públicos. De acordo com Maggi, Mato Grosso pagou
70% desse valor e o governo Lula se responsabilizará pelo restante. O
trecho fica entre os municípios de Peixoto de Azevedo e Nova Santa Helena
(622 km ao Norte de Cuiabá).
Mais recursos - Durante rápida passagem por Cuiabá, o ministro Pedro
Brito do Nascimento também afirmou que nos próximos três anos o governo
federal repassará US$ 600 milhões para que os Estados invistam em
infra-estrutura. Mato Grosso estaria entres os beneficiados. Cidades como
Cuiabá, Cáceres e Rondonópolis deverão receber dinheiro para investir em
programas voltados à agricultura familiar.
(A Gazeta, 04/05/06)