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2006-05-05
A população que depende de combustíveis sólidos pode cair pela metade até 2015 se a cada dia, nos próximos dez anos, 485 mil pessoas adotassem fontes de energia mais limpas para cozinhar em casa, disse nesta quinta-feira (4) a OMS - Organização Mundial da Saúde. Esse é o número necessário para atingir os objetivos fixados pela Assembléia Geral da ONU na Cúpula do Milênio (2000), cujos benefícios seriam não apenas econômicos, mas também teriam ampla repercussão na saúde.

A OMS divulgou nesta quinta-feira, em Genebra, o relatório "Combustível para a Vida". O texto indica que, se o número de casas que usam gás liquefeito, biogás ou combustíveis modernos para cozinhar aumentasse em 100 milhões, cairia em 473 milhões o número de pessoas expostas aos efeitos nocivos da poluição do ar em locais fechados.

O total de mortes anuais por doenças respiratórias também seria reduzido em 282 mil, especialmente na África subsaariana e no sudeste asiático. Nessas regiões, a cada ano são registradas, respectivamente, 396 mil e 483 mil mortes em conseqüência do uso desses combustíveis.

Cozinhar com madeira, estrume, carvão e outros combustíveis sólidos em fogões tradicionais é, para mais da metade da população do planeta, uma realidade que gera altos níveis de poluição do ar doméstico, e é um alto fator de risco de pneumonia entre as crianças e de doenças crônicas respiratórias entre os adultos.

O documento estabelece a relação entre a pobreza e o uso de energia, e aponta que o porcentual da população que usa combustíveis sólidos como os citados cresce com a pobreza.

Nos casos do Brasil e do México, esse tipo de combustível é usado por 29% e 35% da população, respectivamente. Já em El Salvador e na Nicarágua, a porcentagem chega a 33% e a 58%. Em Bangladesh, Etiópia e na Índia, mais de 80% dos habitantes usam estes materiais.

Entre a população rural mais desfavorecida, esses números são maiores e chegam a 68% no Brasil, a 71% no México e a mais de 95% em Bangladesh, Índia e Etiópia.

"Estamos falando de um problema ignorado, mas para o qual existem soluções eficazes. Queremos que, na agenda energética global, se leve em consideração a dependência dos pobres quanto a combustíveis domésticos poluentes", disse a diretora da OMS para Saúde Pública e Meio Ambiente, María Neira.

Por apenas US$ 6, de acordo com os cálculos da organização, as famílias poderiam instalar fogões mais eficientes e mais bem ventilados. Se a metade das que ainda utilizam biomassa e carvão em fornos tradicionais tivesse esses fogões, haveria a economia US$ 34 bilhões em combustíveis.

Reduzir pela metade o número de pessoas que cozinha com combustíveis sólidos no mundo todo custaria US$ 13 bilhões ao ano. Mas o benefício econômico da mudança, com a melhora da saúde e da produtividade, seria equivalente a sete vezes a quantia investida.
(EFE, O Estado de S. Paulo, 04/05/06)

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