Além da poda efetuada por particulares, uma das principais ameaças às árvores em Porto Alegre são as oferendas afro-umbandistas feitas junto ao tronco dos vegetais. Foi o que revelou o Diretor da Divisão de Praças e Jardins da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), Sérgio Luiz dos Reis, durante reunião da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que tratou da questão da poda na Capital na última quinta-feira (27/09). - Sabemos da importância desses trabalhos para a religião, mas estamos buscando um disciplinamento, pois eles têm causado problemas ambientais como a queima do caule. Isso pode levar até à morte da árvore, alerta Sérgio. Outro problema são os resíduos deixados, favorecendo a disseminação de ratos e, por conseqüência, causando um problema de saúde pública. A Smam está contatando as Federações Afro-Umbandistas para que todas as Casas orientem as pessoas a fazer os trabalhos em lugares específicos. Outro inimigo é a rede elétrica, responsável pelo corte dos galhos de diversas árvores todos os dias. De acordo com o vereador Beto Moesch, só a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) faz 120 mil podas por ano. O vereador tem um Projeto de Lei, em tramitação, que sugere a institucionalização dos cabos ecológicos na cidade e não somente na III Perimetral. O Diretor da Divisão de Praças e Jardins da Smam revelou que a Secretaria já firmou um acordo com a CEEE para que a modalidade seja instituída em uma grande extensão da Capital.