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2006-05-04
A maioria das famílias entrevistadas pela reportagem do Diário de Canoas sobre os motivos que as levaram a invadir há alguns dias o espaço de aproximadamente 20 hectares junto ao Distrito Industrial Jorge Lanner diz que vive em áreas de risco, como beira de valões. Esse é o caso da doméstica Terezinha de Fátima Campos, de 48 anos. Ela conta que vivia em uma casa com o filho, marido e um outro familiar na rua Fernando Ferrari, à margem de uma vala. “Lá em casa entra muito inseto e até cobra meu marido já matou. Quando chove a minha cozinha é invadida pela água suja do valão. Como vou continuar vivendo em um lugar assim?”

O secretário municipal de Preservação Ambiental, Marcos Aurélio Chedid, comenta que a área invadida pelas famílias não é adequada para ocupação urbana. Ele explica que o espaço é de preservação ambiental, por já ter sido utilizado como depósito de agrotóxico e funcionar como planície de inundação do Rio Gravataí. “A área funciona como uma esponja para evitar enchentes nos bairros próximos, além de ser insalubre e estar na cabeceira da pista da Base Aérea”, salienta. Chedid lembra ainda que na década de 90 existia a possibilidade de transformar o local em um parque para rodeios, mas por causa dos problemas já citados o projeto foi cancelado.

Desocupação de área fracassa
A Prefeitura tentou na tarde de terça-feira (02/05), sem sucesso, retirar as cerca de quatro mil pessoas que invadiram a área junto ao Distrito Industrial Jorge Lanner, no bairro Niterói. O mandado de reintegração de posse e citação foi entregue à liderança do movimento de invasão. A negociação entre a Brigada Militar, oficiais de Justiça e representantes da ocupação durou aproximadamente meia hora. Ao final as famílias decidiram permanecer na área e só pretendem sair após um acordo com o Município. No início da noite, um grupo de 80 pessoas seguiu para a Câmara de Vereadores na tentativa de conseguir espaço de dez minutos para expor a situação aos parlamentares.

Enquanto a liderança negociava com o poder público de que forma seria feita a retirada, as famílias se entricheiravam ao longo da vala que foi aberta pela Prefeitura para evitar a entrada de materiais e veículos. Com as crianças à frente, os invasores gritavam que a ocupação era pacífica e até cantaram um trecho do Hino Nacional. “Queremos um teto”, era o que mais se ouvia no aglomerado de pessoas, que aguardavam por uma decisão. Usufruindo do direito de 15 dias para contestar a determinação judicial, os invasores decidiram permanecer na área. “Vamos ouvir o que o nosso advogado tem a dizer e continuar a nossa luta, pois a Justiça nos deu um prazo e vamos utilizá-lo”, diz um dos líderes da ocupação, Casemiro César. Outra integrante da liderança da ocupação, Jaqueline Brasil, foi incisiva ao dizer que permanecerão no local até que haja uma alternativa para as famílias. “Por que o prefeito não vem falar com a gente? Queremos conversar e entrar em acordo.”

INTERPRETAÇÃO - O secretário municipal de Planejamento Urbano, Oscar Escher, discorda da interpretação dada pelos ocupantes sobre o prazo concedido pela Justiça. “Eles não têm o direito de ficar os 15 dias. Esse prazo é válido se eles saírem da área”, explica Escher.

O comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Rodolfo Pacheco, frisa que o papel da Brigada no local era apenas o de fazer cumprir a ordem da Justiça. “A juíza foi clara no mandado, solicitando que a reintegração fosse feita de forma pacífica e vamos acatar.” “Como eles (ocupantes) decidiram permanecer no local cabe ao oficial de Justiça comunicar ao juiz do caso, que vai determinar o que deve ser feito. Vamos aguardar por uma nova ordem”, completa o comandante do Policiamento Metropolitano, Paulo Roberto Mendes.
(Diário de Canoas, 03/05/06)

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