Estudo federal norte-americano aceita o aquecimento global, afirma NYT
2006-05-04
Um estudo científico comissionado pela administração Bush concluiu na terça-feira (02/05) que a atmosfera inferior está realmente se aquecendo e que há “evidências claras da influência humana no sistema climático”. A descoberta elimina uma significante incerteza do debate sobre o aquecimento global, que há muito a administração cita como argumento para o procedimento cauteloso no que diz poder ser um corte custoso na emissão de gases causadores do efeito estufa.
Mas, oficiais da Casa Branca disseram que mesmo que as novas descobertas sejam importantes, a política da administração permanecerá concentrada no estudo das questões remanescentes e usando voluntariamente as formas possíveis para a diminuição do crescimento das emissões de gases causadores do efeito estufa como o dióxido de carbono.
O foco do novo estudo federal entrou em conflito com os registros da tendência da temperatura atmosférica. Durante mais de uma década os cientistas usando métodos diferentes encontraram índices diferentes do aquecimento da superfície da Terra e da seção mediana da atmosfera. Essas disparidades foram citadas por um pequeno grupo de cientistas, e pela administração e seus aliados, para questionar um crescente consenso entre os estudiosos do clima de que o aquecimento global causado pelos gases pode aquecer perigosamente a Terra.
O novo estudo descobriu que “não há mais discrepância entre a taxa de aumento médio da temperatura da superfície do planeta em comparação com os índices mais altos da atmosfera”, de acordo com o Departamento de Comércio e aprovado pela Casa Branca. O relatório foi publicado nesta terça-feira e está disponível no www.climatescience.gov.
Os autores do relatório concordam que a informação que revisaram mostra que a atmosfera está, de fato, se aquecendo de forma que geralmente são compatíveis com simulações de computadores. O estudo afirmou que o único fator que pode explicar a medição do aquecimento da temperatura média da Terra nos últimos 50 anos é a quantidade da emissão de gases, que advém principalmente da queima de carvão e petróleo. Todos as outras potências industriais, com exceção da Austrália, aceitaram restrições obrigatórias às emissões de tais gases de acordo com o Protocolo de Kioto.
(The New York Times, 03/05/06)
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