Executivo da Braskem fala em Porto Alegre sobre planos da empresa
2006-05-04
A nacionalização do petróleo e do gás na Bolívia não afetou os planos da Braskem, que avalia a possibilidade de implantar uma fábrica de polietileno naquele país, em sociedade com a Petrobras e a boliviana YPFB. "O estudo será concluído até o final do ano. Até lá, não nos pronunciaremos", disse ontem o vice-presidente de Relações Institucionais da Braskem, Alexandrino Alencar. O executivo fez palestra ontem sobre a empresa e o setor petroquímico, na reunião-almoço da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs), no hotel Sheraton.
O projeto na Bolívia, caso se mostre viável, exigirá de US$ 1 a US$ 1,5 bilhão, com obras a partir do ano que vem para que a fábrica opere no final de 2009 ou início de 2010. Alencar afirmou que o estudo em andamento avalia mercado, tecnologia a ser empregada e sinergias possíveis entre os dois países. A princípio, o polietileno se destinaria ao mercado sul-americano.
O vice-presidente da Braskem ressaltou que o projeto interessa à Bolívia por agregar valor a uma matéria-prima (gás) disponível no país. A empresa também tem projeto na Venezuela, junto com a estatal Pequiven, para produzir polietileno naquele país, a partir de 2010. O investimento no complexo petroquímico venezuelano está estimado entre US$ 1,5 e US$ 2,5 bilhões.
(CP, 04/05/06)