Gases do efeito estufa apresentaram um aumento estável em 2005
2006-05-03
Segundo o NOOA, National Oceanic and Atmospheric Administration, as emissões de gases do efeito estufa (GEE) continuaram a aumentar em 2005. As emissões de dióxido de carbono, emitido pela queima de combustíveis fósseis, aumentaram no ano passado, segundo o Relatório Anual de Gases do Efeito Estufa (Annual Greenhouse Gas Index - AGGI) da agência Norte-Americana. Assim como o óxido nitroso, um sub-produto da agricultura e de processos industriais.
Mas as emissões de metano ficaram estáveis e as de clorofulorcarbono, produzido artificialmente para a utilização em refrigeradores e ar condicionados, declinaram, segundo o relatório da agência. “No total, o AGGI demonstrou um aumento de 1.25% nas emissões de GEE em 2005”, declarou a agência. O relatório tem como base o ano de 1990, por ser também o ano base do Protocolo de Kyoto, o qual tem como objetivo reduzir as emissões de GEE para a atmosfera.
Como comparação, o nível de CO2 na atmosfera subiu de uma média de 376.8 partes por milhão em 2004 para 378.9 partes por milhão no ano passado. O nível pré-industrial de dióxido de carbono era de cerca de 278 partes por milhão. O aumento de 1.25% foi relativamente pequeno quando comparado com anos anteriores, os quais apresentaram aumento desde 1979. A maior alta anual aconteceu entre 1987 e 1988, quando o nível deu um salto de 2.8%, o menor aumento foi de 0.81%, entre 1992 e 1993.
A concentração dos gases do efeito estufa flutua naturalmente, mas fatores antrópicos assumem um importante papel contribuindo para a aceleração do aquecimento global. Nos últimos 50 anos, a média da temperatura na Terra aumentou em uma taxa nunca antes registrada, sendo que os 10 anos mais quentes aconteceram desde 1990. A administração Bush, inicialmente se mostrou cética em relação ao fato das mudanças climáticas, mas agora já aceita esta realidade, associada com a maior ocorrência de furacões, secas severas, ondas de calor e o derretimento das calotas polares.
Na semana passada, 10 estados, além da cidade de Nova York e Washington D.C., abriram um processo contra a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA - Environmental Protection Agency), alegando que os novos padrões estabelecidos pela agência não são suficientes para limitar as emissões de dióxido de carbono provenientes das usinas de energia, apesar de dizerem que a contribuição destas para o aquecimento global é evidente.
(Reuters, 02/05/06)
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