Meta da VCP é plantar 100 mil hectares
2006-05-03
Desde que a Votorantim Celulose e Papel (VCP) escolheu o Rio Grande do Sul para
investir, a empresa injetou R$ 310 milhões no Estado, adquirindo 80 mil hectares
de terras em 15 municípios gaúchos para a implantação de sua base florestal.
Segundo o gerente operacional da Unidade Extremo Sul da VCP, João Afiúne
Sobrinho, a meta é chegar a 100 mil hectares plantados nos próximos cinco anos.
Afiúne Sobrinho explica que a base representará 3,25% da área total dos municípios
nos quais a empresa também vai estar presente por meio de parcerias com produtores
locais. Desde total, 50% serão plantados com eucalipto e 50% preservados. "Outros
30 mil hectares serão cultivados em áreas de terceiros", acrescenta.
Até o momento, a empresa criou no Estado 3500 empregos (1000 diretos e 2500
indiretos) e plantou 22700 hectares de eucaliptos em áreas próprias e 1500
hectares em terras de terceiros. A empresa também está concluindo a construção do
maior viveiro coberto do país, localizado em 20 hectares do município de Capão do
Leõ, com capacidade de produção de 30 milhões de mudas ao ano.
Em novembro de 2005, a VCP anunciou ao governo gaúcho o início do processo de
licenciamento socioambiental para implantação de uma unidade para produção de
celulose branqueada de eucalipto na Metade Sul do Estado. A unidade deverá
ocupar uma área de 400 a 500 hectares, localizada no Eixo Rio Grande, Pelotas e
Arroio Grande. O investimento total, na fábrica e na base florestal, está
estimado em US$ 1,3 bilhão, com produção prevista de um milhão de toneladas de
celulose por ano. "A boa infra-estrutura das estradas gaúchas, a aptidão florestal
da região, o clima e a disponibilidade de terras foram os fatores decisivos
na hora de escolher o Rio Grande do Sul para sediar nossa nova unidade", revela
Afiúne Sobrinho.
A estimativa é de que a nova planta gere quatro mil empregos diretos e indiretos.
Ainda, conforme Afiúne Sobrinho, no período de implantação da fábrica, de 2009 a
2011, outras seis mil vagas serão criadas. "A produção será destinada aos
mercados europeu, asiático e norte-americano e o escoamento deve ser feito pelo
porto de Rio Grande", acrescenta.
(Caderno Especial Reflorestamento, JC,
02/05/06)