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2006-05-03
Otimista com a expansão da silvicultura no Rio Grande do Sul, o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, Luis Roberto Ponte, aponta o setor como um dos principais responsáveis pela geração de emprego e renda na Metade Sul do Estado. O secretário também defende o plantio de florestas aliado à agricultura e à pecuária como mais uma alternativa para os produtores.

Jornal do Comércio – Qual a importância da expansão da silvicultura para a economia gaúcha? Luis Roberto Ponte – Ela representa desenvolvimento para todo o Estado e principalmente à Metade Sul, região na qual está instalada grande parte das bases florestais de três das maiores empresas de papel e celulose do mundo. Quando concretizadas, as instalações das fábricas da Votorantim e Stora Enso deverão gerar, juntas, mais de 10 mil empregos nos próximos anos, fora os que já existem. São estatísticas que comprovam que essas empresas não estão gerando desenvolvimento e lucro somente para fora do país mas também à economia gaúcha. O Rio Grande do Sul já está hoje entre os cinco estados brasileiros que mais possuem áreas de florestas comerciais. Com a chegada de novas fábricas, nosso Estado poderá tornar-se um novo pólo de indústria de celulose do país. E o avanço da silvicultura impulsionará também toda a cadeia produtiva da madeira, principalmente o setor moveleiro.

Jornal do Comércio – O que fez essas empresas se interessarem pelo Estado? Ponte – Foram vários os fatores que atraíram grandes empresas de celulose. O carisma e a hospitalidade do povo gaúcho, sem dúvida, foram os principais motivos. O clima e as condições do solo extremamente favoráveis para o cultivo de florestas também somaram pontos para o Estado. Outro atrativo é a disponibilidade de terras vendidas a um custo relativamente baixo se comparado às demais regiões do país.

Jornal do Comércio – Contaram também os incentivos que o governo ofereceu? Ponte – A forma de Germano Rigotto conduzir os negócios, com transparência e seriedade, sem dúvida, deu às empresas a tranqüilidade e a confiança necessárias para que elas investissem no Estado. Mas as características tributárias foram fundamentais para atrair esses empreendimentos. Não há estado brasileiro com carga tributária de ICMS sobre a produção, industrial ou rural, menor do que a do Rio Grande do Sul. Digo isso como secretário estadual de Desenvolvimento e assino embaixo. A madeira exportada, por exemplo, não gera ICMS e, portanto, não haverá no Estado acúmulo de crédito de ICMS. Empresas como Aracruz, Votorantim e Stora Enso sabiam disso e acharam viável empreender em terras gaúchas. Além disso, em 2004 foi criado o programa RS Competitivo, que reduziu a alíquota de ICMS de 17% para 12%, em todos os elos das cadeias produtivas, até o varejo, para produtos de diversos setores, entre os quais o moveleiro.

Jornal do Comércio – Como o senhor avalia a fusão de florestas com a agricultura e a pecuária? Ponte – Esta agregação é muito positiva para o produtor rural gaúcho. A silvicultura é mais uma fonte de renda para esses produtores que, nos últimos anos, vem tendo perdas devido às drásticas variações climáticas do Estado e à grande instabilidade cambial. Ao destinar parte das terras para o plantio de florestas, esse produtor vai aumentar o seu orçamento, manter o padrão de vida de sua família, e o que é mais importante, não contribuirá para o êxodo rural.

Jornal do Comércio – E as queixas dos ambientalistas? Ponte – Juntas, a Aracruz, a Votorantim e a Stora Enso investem no Estado cerca de US$ 4 bilhões. Jamais empresas desse porte, capazes de investimentos tão pesados, deixariam de cuidar do ambiente. Elas não correriam o risco de comprar uma briga com a sociedade gaúcha como aconteceu com a antiga Riocell, que espalhava um desagradável odor na Região Metropolitana toda.
(Caderno Especial Reflorestamento, JC, 02/05/06)

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