Souza Cruz incentiva a plantação de árvores
2006-05-03
A maioria dos 45 mil produtores associados à Souza Cruz participa do programa
Reflorestamento criado pela empresa com o objetivo de tornar os plantadores de
fumo auto-suficientes na produção de lenha, principal fonte de energia para a
secagem do fumo. Os produtores usam parte das propriedades para o plantio de
eucaliptos em um programa que já ocupa aproximadamente 9 mil hectares. Para
incentivar a prática, a empresa fornece materiais educativos, orientação técnica
e financiamento para a aquisição de mudas produzidas por viveiristas
certificados.
os produtores que não dispõem de terra suficiente para dedicar uma parte ao
cultivo de eucalipto assumem o compromisso de comprar a lenha apenas de produtores
de madeira credenciados. No entanto, a empresa acredita que, em breve, eles só
poderão adquiri-la dos seus próprios colegas. "Os produtores de fumo que plantam
eucalipto em suas áreas estão cada vez mais auto-suficientes na produção de energia
e têm capacidade, inclusive, para abastecer aqueles que não podem cultivar
florestas", garante o coordenador do programa Reflorestar, Flávio Goulart.
A preocupação da Souza Cruz com a preservação do meio ambiente é antiga e as
atividades de reflorestamento já vêm sendo realizadas há décadas. Mas, nos
últimos anos, a campanha para a adesão ao programa ganhou maior intensidade. Na
safra de 2005, o programa investiu R$ 2,5 milhões para a plantação de 22 milhões
de mudas na região onde está concentrada a maioria dos produtores credenciados
no programa. Em 2006 a previsão de investimentos é de R$ 2,7 milhões. "Todo o
dinheiro investido, inclusive o que é usado para financiar os produtores, é
oriundo do caixa da própria empresa", salienta Goulart.
O programa Reflorestar, além de evitar a extração de lenha da mata nativa, dá ao
produtor a possibilidade de diversificar as atividades e aumentar sua renda. "Quatro
anos após o plantio, ele poderá escolher algumas árvores para moirão de cercas
e ainda sobrará uma parte que poderá ser vendida às serrarias", completa. A
previsão de um apagão verde em 2008, que ocasionaria a escassez de energia
renovável para a secagem do futuro, é que alertou a empresa para as iniciativas.
"Para evitar que isso ocorra, a Souza Cruz, por meio dos seus orientadores
agrícolas, está divulgando insistentemente o conceito de reflorestamento", diz
Goulart.
A Souza Cruz aguarda para os próximos dias a certificação de suas florestas
junto ao Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora),
certificadora independente credenciada pelo Conselho de Manejo Florestal
(Forest Stewardhip Council, FSC). A empresa também mantém três fazendas para o
reflorestamento energético nas cidades de Pantano Grande, no Rio Grande do Sul,
Prata, em Minas Gerais, e Rio Negrinho, no Paraná. Goulart explica que, desta
forma, as áreas de preservação permanente mantêm-se intactas, além de ocorrer a
ampliação da biodiversidade. "O nosso principal objetivo com o programa é
preservar o meio ambiente, por meio do reflorestamento energético, e dar ao
nosso produtor a oportunidade de desenvolver outra cultura e ampliar seus ganhos",
finaliza Goulart.
(Caderno Especial Reflorestamento, JC, 02/05/06)