Não há ameaça de corte no fornecimento de gás natural pelo próximos 180 dias. A afirmação do secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack, refere-se à decisão do governo boliviano de nacionalizar as reservas de petróleo e de gás natural do país.

"A Bolívia depende do mercado brasileiro", afirmou. Atualmente, 75 indústrias, 28 postos de GNV, oito estabelecimentos comerciais, nove clientes residenciais e dois clientes com co-geração são supridos por gás no Estado.

As maiores consumidoras são a Refap (300 mil metros cúbicos por dia) e a Copesul (250 mil m³). O Rio Grande do Sul recebe diariamente 2,2 milhões de m³ do Gasoduto Bolívia-Brasil, divididos entre Sulgás e UTE Canoas.

A usina termelétrica da AES Sul de Uruguaiana está com o fornecimento de gás da Argentina paralisado, devido à manutenção preventiva. A retomada da produção deverá ocorrer em julho, com o recebimento de 2,8 milhões de m³/dia. Para este ano, estão previstos R$ 25,7 milhões de investimentos para a expansão da rede de gás no interior do RS.
(CP, 03/05/06)