Rio Grande do Sul terá Centro Tecnológico de Mineração
2006-05-02
O governo estadual deve assinar, até o final do mês, um protocolo de intenções
para a instalação de um centro tecnológico de mineração no Rio Grande do Sul.
A negociação envolve a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, a Companhia
Riograndense de Mineração (CRM), a Fepam, o Cientec e a DMC (Desenvolvimento
e Participação Ltda.), responsável pelo projeto de construção da usina
termelétrica CTSul, em Cachoeira do Sul. Os recursos necessários serão buscados
no Banco Mundial (Bird), em instituições de fomento e em universidades alemãs.
"O objetivo é desenvolver tecnologia aqui no Estado para a busca de emissões
zero nos empreendimentos a carvão que estão nascendo no Rio Grande", diz o
secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack. Para
tanto, além da usina térmica a carvão que vai gerar 650MW em Cachoeira, o
projeto CTSul prevê também a construção de duas usinas-laboratório, de 2,4
megawatts (MW). Uma delas utilizará cavacos de madeira. A outra, carvão.
Subprodutos
"Nossa meta é baixar custos. Para isso, precisamos aproveitar ao máximo todos
os produtos e subprodutos gerados na CTSul", diz Douglas Carstens, da DMC. "Se
conseguirmos reduzir os custos entre 30% e 40%, competiremos em iguais
condições com as usinas hídricas", explica o executivo.
Com presença certa no leilão de energia nova, em 12 de junho, a CTSul dá um
primeiro passo esta semana, com a assinatura do contrato de financiamento de
856 milhões de dólares com investidores chineses e europeus. A usina vai operar
em 2009, já havendo planos para um segundo empreendimento.
(Denise Nunes,
CP, 02/05/06)