Problema em incinerador da Aracruz provoca mau cheiro na Capital
2006-05-02
Por volta das 23h de domingo (30/04), os porto-alegrenses reviveram pelo olfato
a época da antiga Borregaard, atual unidade Aracruz Celulose, em Guaíba. Por
cerca de 10 minutos, o equipamento responsável pela incineração dos gases
resultantes da produção de celulose não funcionou.
A conseqüência foi sentida em diversos pontos da Capital, parecendo para alguns
o cheiro de matéria orgânica apodrecida. Em sua casa no bairro Mont Serrat,
Francisco Bueno, ao sentir o odor, imediatamente reconheceu a origem. No
mesmo minuto, fez um telefonema para descobrir o que estava ocorrendo. Bueno é
gerente de Relações com a Comunidade daquela unidade da Aracruz.
- Falei com os responsáveis para saber o que havia acontecido, e me falaram
desse problema com a energia. Mas os porto-alegrenses podem ficar tranqüilos,
a época da Borregaard não está voltando - afirmou Bueno.
Uma queda de energia, por volta das 22h, desligou o sistema que elimina os
gases, que não são tóxicos, diz o gerente. E também o incinerador reserva
ficou fora de ação. Por cerca de 10 minutos, todo o gás fedorento ficou livre,
tendo apenas o vento como guia, que o levou para a Capital. O cheiro permaneceu
forte por cerca de 20 minutos.
Reunião avaliará o que ocorreu no domingo
A planta da empresa produz a energia que consome, o que aponta um problema
interno como causa da pane. São três geradores que podem abastecer uma cidade
com a população de Canoas, segundo Bueno.
- Amanhã (02/05) faremos uma reunião para saber o que ocorreu no domingo.
Fazia anos que não se sentia esse cheiro - disse o gerente.
(ZH,
02/05/06)