Coriscal ganha mais prazo para adequação
2006-05-02
O 2º Grupo de Polícia Ambiental (2º GPA) de Cachoeira do Sul concedeu um novo prazo para que a Cooperativa Agrícola Cachoeirense (Coriscal) faça as adequações necessárias para evitar a emissão de poeira no ar. O comandante do 2º GPA, sargento César Gilberto Kowalski, explica que o novo prazo foi concedido devido à complexidade da instalação dos filtros, que já foram adquiridos pela Coriscal.
“Como toda a documentação comprovando o início das adequações foi apresentada e por se tratar de obras complexas, daremos mais três meses para que a Coriscal esteja adequada para funcionar sem riscos ao meio ambiente”, salientou o comandante.
A decisão do 2º GPA tranqüiliza a direção da Coriscal, já que a cooperativa estava ameaçada de ter suas atividades suspensas em plena safra de arroz. No último dia 6, após receber denúncias de moradores do Bairro Carvalho, a Polícia Ambiental esteve na cooperativa para fiscalizar a emissão de poeira diretamente no ar. Na ocasião, o 2º GPA concedeu um prazo de 20 dias para que a cooperativa fizesse várias adequações, que haviam sido solicitadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
Na época, o sargento Gilberto afirmou que a Coriscal estava com sua licença de operação, emitida pela Fepam, vencida. No entanto, o responsável pelo departamento técnico da cooperativa, engenheiro agrônomo Ronaldo Lasch, garante que a Coriscal não estava com a licença vencida e que apenas a Fepam havia solicitado algumas adequações. “Como não conseguimos finalizar as obras por problemas na entrega dos materiais e orçamento, a Fepam nos deu prazo até o final de maio para regularizar toda a cooperativa”, salientou Lasch.
UMA PERGUNTA
Como está o caso do Trevisan?
A unidade do Engenho Irmãos Trevisan instalada na Avenida Brasil, que precisou parar com a secagem de grãos no último dia 10, continuará sendo fiscalizada pelo Ministério Público (MP). Apesar de toda a operação ter sido transferida para o Distrito Industrial de Cachoeira do Sul, o MP continuará solicitando vistorias até que seja comprovado que realmente a operação foi cancelada.
De acordo com a promotora Giani Saad, a interdição da secagem na unidade da Avenida Brasil estava prevista em um termo de ajustamento entre o Ministério Público e os proprietários do engenho. “Caso o engenho volte a secar grãos no centro da cidade, poderá sofrer ações judiciais como a interdição de todas as atividades”, observou Giani.
PARA SABER MAIS
Lista da Coriscal
. Implantação nos secadores de sistema de aspersão com água
. Apresentar relatório fotográfico do sistema de controle instalado
. Instalar filtro na pré-limpeza
. Laudo de amostragem do locomóvel
. Proceder o desvio das águas pluviais dos tanques de decantação de cinzas
Fonte: Patrulha Ambiental
(Jornal do Povo, 01/05/06)