Convênio vai recuperar área degradada na Bacia do São Lourenço
2006-05-02
A imediata formalização de um convênio para a execução do Plano de Recuperação Ambiental da Bacia do Alto São
Lourenço foi decidida na quinta-feira (27/04), na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em reunião com
representantes da Petrobrás, do Governo do Estado, da Unesco, da Fundação Uniselva e de prefeituras dos municípios
abrangidos. "Trata-se de de um projeto estratégico para a região e nossa expectativa é que até o final de maio seja
assinado", disse o reitor Paulo Speller.
Aprovado em edital de concorrência pública da Petrobrás na área de meio ambiente, ano passado, entre 1681
inscritos, o projeto foi elaborado pelo escritório da Unesco em Mato Grosso tendo como executora a Fundação Uniselva
da UFMT e como parceiros o Governo de Mato Grosso e oito prefeituras da região. Os recursos destinados pela
Petrobrás são da ordem de R$ 3 milhões com a contrapartida de mais R$ 3 milhões do Governo estadual, para
investimento na recuperação das áreas degradadas com revegetação, em educação ambiental, na inclusão social das
comunidades tradicionais e na gestão compartilhada da bacia hidrográfica.
Participaram da reunião, além do reitor, a superintendente executiva da Uniselva, Sandra Maria Coelho Martins, o
diretor da Empresa Mato-Grossense de Pesquisas Agropecuárias (Empaer), Aréssio Paquer, o representante da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Maurício Philipp, o chefe do escritório da Unesco em Mato Grosso,
Antônio Carlos Máximo, os representantes da Petrobrás, Dozin Ramos Filho e Ana Bolagh, os prefeitos de Campo
Verde, Dimorvan Brescancim, de Dom Aquino, Maria José borges, de Santo Antônio do Leverger, Faustino Dias Neto e
o secretário de Indústria, Comércio e Turismo de jacia, Milton Ferreira Jr. Além dessas prefeituras integram o convênio
as de Rondonópolis, de São pedro da Cipa, de Juscimeira e de Poxoréo.
O rio São Lourenço faz parte da bacia do Prata, a segunda maior da América do Sul. A primeira é a Amazônica. A
bacia do Prata é formada pelos rios Paraguai, Paraná e Uruguai que juntos drenam uma área correspondente a 10,5%
do território brasileiro, com 3,2 milhões de km². Das cabeceiras até a foz, atravessa quatro países: Brasil, Paraguai,
Argentina e Uruguai. No Brasil, abrange os Estados Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.O rio Paraguai é um dos mais importantes rios de planície do Brasil,
superado apenas pelo Amazonas. De sua nascente, na chapada dos Parecis, nas proximidades da cidade de
Diamantino, até sua confluência com o rio Paraná, na fronteira do Paraguai com a Argentina, ele percorre 2.621 km,
sendo 1.683km em território brasileiro. O rio São Lourenço está entre os principais tributários do rio Paraguai - Jauru,
Cuiabá, Piquiri, Taquari, Negro, Miranda, Aquidauana, Sepotuba e Apa.
O projeto de recuperação das áreas degradadas envolve as prefeituras Rondonópolis, Jaciara, São Pedro da Cipa,
Poxoréo, Campo Verde, Dom Aquino, Juscimeira e Santo Antônio do Leverger, que deverão ser incluídos no consórcio,
enumera Yenes Magalhães.
(24 horas News, 27/04/06)