Capital despacha o lixo para Minas do Leão
2006-05-02
Mensalmente, a prefeitura de Porto Alegre gasta em torno de R$ 570 mil para encaminhar as cerca de 27 mil toneladas de lixo domiciliar à Central de Resíduos Recreio, administrada pela iniciativa privada, em Minas do Leão.
Desde agosto de 2005, os resíduos produzidos no município deixaram de ser transportados ao aterro Santa Tecla, em Gravataí. Segundo o supervisor operacional do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), Geraldo Luís Felippe, a prefeitura estuda a criação de um aterro próprio. Enquanto isso, ele salienta que o de Minas do Leão é o único que tem capacidade de absorver toda a produção de lixo da Capital.
O Santa Tecla é resultado do primeiro consórcio intermunicipal do país, envolvendo os municípios de Porto Alegre, Esteio, Cachoeirinha e Gravataí, criado em 1998. Localizado na Estrada Henriqueta Closs, em Gravataí, o aterro recebe atualmente os resíduos dos três municípios da região Metropolitana.
Diante do esgotamento do Santa Tecla e da não-aprovação pela Câmara Municipal de projeto que previa a concessão, por meio de licitação, dos serviços de limpeza, a prefeitura de Gravataí estuda duas alternativas, de acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Paulo Bones. Uma delas diz respeito ao aumento da vida útil do Santa Tecla, estimado para até 2007. Para isso, haveria a desapropriação de uma área junto ao aterro para ampliá-lo. A outra possibilidade seria a desapropriação de uma das áreas designadas pela Metroplan para a construção de um novo aterro municipal.
Neste mês, o DMLU começou a última etapa de recuperação do Aterro Sanitário da Extrema, na estrada do Espigão, bairro Lami. Prevê a finalização da cobertura, que inclui a colocação de argila e grama. A previsão é de que a obra leve cerca de dez meses. Este aterro recebe o lixiviado (líquido originário da decomposição dos resíduos orgânicos) para tratamento.
O Extrema foi o primeiro aterro licenciado no Rio Grande do Sul, tendo iniciado as operações a partir de 1997. Sua capacidade foi esgotada em 31 de dezembro de 2002, depois de receber 824 mil toneladas de lixo.
(CP, 30/04/06)