Governo investe R$ 10 mi em agroenergia
2006-04-28
O governo federal investirá R$ 10 milhões na instalação de centro de
alta tecnologia voltado à pesquisa e desenvolvimento em agroenergia,
revelou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto
Rodrigues. Do total de recursos, R$ 5 milhões serão liberados ainda
neste ano e a outra metade em 2007. O projeto faz parte das diretrizes
de política de agroenergia para o período 2006-2011, elaborada pelos
ministérios da Agricultura, Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O anúncio da instalação do centro de alta tecnologia em agroenergia foi
feito por Rodrigues durante as comemorações dos 33 anos da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília. Com sede em
Brasília e ramificações estaduais e regionais, o centro desenvolverá
pesquisas em cana-de-açúcar, mandioca, oleaginosas adicionáveis em
biodiesel e demais fontes de energia alternativa.
Segundo Rodrigues, o Brasil só será líder mundial do setor de
agroenergia se fizer investimentos pesados em pesquisa e tecnologia. “Os
países ricos vão investir muito dinheiro em pesquisa e nós temos que
fazer o mesmo para não ficar na rabeira desse processo.”
Os investimentos em pesquisas na área de agroenergia não têm retorno
imediato. O processo de transformação desses produtos em biodiesel ou
etanol é demorado. Porém, os resultados compensam a espera, ressalta.
“Hoje, temos produção de 90 litros de etanol por tonelada de cana. Nós
podemos usar o bagaço e a própria palha para fazer o dobro disso,
dependendo dos projetos industriais que formos desenvolver no nosso
centro de agroenergia.”
Para viabilizar os projetos, o governo federal lançou na semana passada
a proposta de criação de instituição, que envolva os setores público e
privado, para incentivar o desenvolvimento da pesquisa em agroenergia.
A parceria público-privada para criação da instituição de fomento ao
desenvolvimento da agroenergia deve envolver a Embrapa, Itaipu
Binacional, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES). (Diario Popular, 27/4)