Ativistas do Greenpeace são detidos ao protestar contra usinas nucleares
2006-04-26
Treze ativistas da organização ecológica Greenpeace foram detidos nesta quarta-feira (26/04) pela Polícia na praça Vermelha de Moscou quando protestavam contra o uso da energia atômica, no 20º aniversário da tragédia da usina nuclear ucraniana de Chernobil. A Polícia também deteve vários jornalistas que cobriam a ação de protesto do Greenpeace no centro de Moscou, segundo testemunhas citadas pela agência "Interfax".
Os ativistas do Greenpeace, vestidos com camisas amarelas com a frase "Não a Chernobil!", prenderam-se à grade metálica que cerca a catedral de São Basílio, na parte sul da praça Vermelha. Os manifestantes declararam que seu propósito era chamar a atenção da sociedade sobre o perigo representado pelos planos do Governo russo de instalar dezenas de reatores nucleares no país. "A energia atômica representa um perigo ecológico, não possui vantagens econômicas e é socialmente inaceitável", afirma uma nota de imprensa divulgada hoje pelo Greenpeace, que assegura que está prevista a construção de 40 "novas Chernobil potenciais" na Rússia até 2030.
Viacheslav Katáyev, dirigente da Associação Chernobil, disse hoje à imprensa que cerca de 800 mil pessoas participaram dos trabalhos para superar as seqüelas da catástrofe na central ucraniana, das quais cerca de 160 mil ficaram inválidas e outras 25 mil morreram.
(EFE, 26/04/06)