Ministro de Minas e Energia diz que biocombustíveis garantem segurança energética a longo prazo
2006-04-25
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse ontem (24) que os biocombustíveis são fundamentais para garantir ao país a segurança energética de longo prazo. As estimativas, segundo ele, são de que no prazo de cerca de 60 anos o petróleo, principal combustível fóssil existente no mundo, vá acabar.
A solução, defendeu o ministro, é estruturar a transição de combustíveis fósseis para os biocombustíveis. "O combustível verde pode ser olhado de uma forma metafórica, como as comunidades tendo um posto de petróleo ali, só que inesgotável", afirmou. No Brasil, os destaques na área são o biodiesel, produzido a partir de oleaginosas, e o etanol, álcool produzido por meio da da cana-de-açúcar.
Durante o 1º Seminário Internacional de Biocombustívies, Rondeau ressaltou que os combustíveis naturais também são uma fonte de emprego e renda, principalmente para os agricultores familiares. "Acho que posição do governo foi correta de, no início do programa, subsidiar a agricultura familiar por meio de alguns impostos. Se saísse [o biocmbustível] a partir do processo industrial de agricultura mecanizada, naturalmente a produção familiar ficaria prejudicada", observou.
De acordo com o Coordenador Geral de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Alexandre Strapasson, outro ponto positivo é atender a questões ambientais, principalmente ao Protocolo de Kioto, que determina a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa. Strapasson defendeu, também durante o seminário, o uso do etanol por ser pouco poluente. Além disso, acrescentou o coordenador, os resíduos da cana-de-açúcar que resultam da produção do etanol podem ser utilizados como fertilizantes.
Para conhecer as experiências brasileiras na produção dos biocomustíveis, representantes de 20 países que compõem a Organização Latino-americana de Energia (Oleade) estão reunidos no seminário. O evento acontece entre os dias 23 e 25 de abril, em Brasília.
(Agência Brasil, 24/04/06)