FALTA DE SEGURANÇA É PRINCIPAL ARGUMENTO DOS AMBIENTALISTAS
2001-09-28
Para José Rafael Ribeiro, representante da Sociedade Angrense de Proteção Ecológica (Sapê), uma ONG contrária ao Programa Nuclear Brasileiro, há vários pontos críticos para se autorizar o início dos trabalhos de Angra III. Segundo ele, a informação sobre os incidentes ocorridos nas usinas é obscura, e chega à população pela Imprensa ou por denúncias anônimas. Os reatores utilizados nas usinas já foram desativados no resto do mundo, permanecendo somente aqui e na Índia. O Conselho Nacional de Energia Nuclear, ao mesmo tempo em que é o órgão fiscalizador, é promotor da energia, sem falar na questão da segurança, em que classificou o plano de emergência das usinas como fictício. - Não temos em Angra dos Reis as condições necessárias para o correto atendimento à população em um eventual acidente: os hospitais não funcionam, as estradas são péssimas, não há abrigos, não há um plano de emergência de conhecimento público. Ribeiro afirma ainda que Angra II custaria US$ 1,5 bilhão, mas saiu por US$ 10 bilhões.