GOVERNO DO RIO DEFENDE CONCLUSÃO DO PROJETO DO COMPLEXO NUCLEAR
2001-09-28
O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, defendeu o término da construção de Angra III, chamando a atenção sobre o fato de que já foram investidos US$ 700 milhões em equipamentos. Este material estaria sendo estocado com um custo de manutenção de aproximadamente US$ 20 milhões por ano. - Se não tomarmos uma decisão imediatamente, estaremos jogando fora esse dinheiro, pois os equipamentos não têm outra aplicação e apresentam valor residual inferior a 5%, explicou. O secretário sugeriu a criação de uma agência para tratar da energia atômica, que possa fiscalizar as ações com independência do Executivo. - Não vejo argumento sólido contra a construção da usina de Angra III. Não decidir significa jogar milhões de reais no lixo, resumiu. Ele afirma que Angra III será um dos sistemas de geração mais baratos do Brasil, por utilizar o urânio como matéria-prima - um combustível brasileiro, produzido na Bahia e processado no Rio de Janeiro. O Brasil possui a sexta maior reserva de urânio do mundo. Victer disse ainda que Angra III irá produzir 25% da energia elétrica consumida atualmente no estado do Rio de Janeiro.