O secretário de energia do Ministério de Minas e Energia, Afonso Henriques Moreira dos Santos, defendeu a criação de uma política eletronuclear para o País, para que se realizem amplos estudos sobre o tema, capazes de definir pontos fundamentais. Um deles é a própria conclusão sobre se o projeto de energia nuclear, que começou há 25 anos com o acordo nuclear Brasil-Alemanha, seria a estratégia do País para diversificar nossa matriz energética em um momento de crise. O secretário, que relacionou uma série de pré-condições para a conclusão do projeto de Angra III, reforçou que o assunto exige muitos estudos e debates. - Não se quer postergar esse trabalho, mas adiar a resposta pelo prazo aproximado de um ano. Esse prazo não deve ser pensado como uma nuvem de fumaça, ou que o Governo queira passar a decisão para o próximo, mas apenas como uma forma de discutir um assunto tão polêmico e importante, disse. Afonso Henriques é contrário à produção de energia nuclear, mas admitiu que fechar os olhos para essa energia é inoportuno no momento.