Banco do Brasil vai disponibilizar recursos do BNDES para que áreas degradadas sejam reutilizadas
2006-04-24
Adão Ribeiro com a gerência do Banco do Brasil, líderes do segmento empresarial e entidades de fomento produtivo, teve como plano de debate a incorporação de plantio de novas florestas em terras alteradas ou sem condições para uso agropecuário, através da parceria. A pretensão do grupo de empresários de Jacundá que já trabalha com reflorestamento é triplicar a área de plantio com espécies, principalmente, de paricá. O plantio de eucalipo é outra opção que deverá ser estendida à classe de micros e pequenos produtores rurais.
A principal preocupação do grupo de empreendedores é partir para uma linha de trabalho baseada no aprimoramento de espécies florestais, que seja economicamente viável, com responsabilidade social e ecologicamente correto e, com acompanhamento técnico e linha de crédito acessível. Assim, já teve início levantamento do diagnóstico do município para a elaboração do plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (DST), um projeto do Banco do Brasil para financiar setores da economia após a discussão entre as lideranças da sociedade organizada.
Baseado em pesquisas iniciadas há mais de quatro anos, o prefeito Adão Ribeiro defendeu o reflorestamento como uma alternativa importante para o município de Jacundá. "Além da experiência comprovada em outras regiões, aqui no nosso município já temos plantio de mais de duzentas mil árvores, o que vai garantir emprego e renda para o trabalhador e matéria-prima para a indústria de laminado", diz entusiasmado Adão Ribeiro. "O que depender de nós, o Sindicato da Indústria Madeireira (Simaja) vai apoiar e incentivar o reflorestamento das espécies apropriadas ao nosso município", defendeu o presidente do Simaja, Dino Altoé.
O ex-secretário de Meio Ambiente, Gilberto Machado, atual consultor técnico do Simaja, vem estudando as essências florestais mais apropriadas ao solo jacundadense desde sua permanência na Sematur. Segundo ele, o grupo de empresários do setor madeireiro já investiu no plantio de exatas 205.900 árvores. "É um começo que foi iniciado de maneira correta, com tecnologia e qualidade adequadas ao solo de Jacundá", diz.
Machado expõe também que o reflorestamento iniciado no município é diferenciado de outros modelos. "Aqui houve o pulverizamento dos plantios com várias espécies florestais, o que é bom para o meio ambiente". Todo esse esforço é acompanhado - de certa forma - pelos olhos de duas universidades e da Embrapa.
(Diário do Pará, 23/04/06)