A Agência Federal para a Conservacao da Natureza na Alemanha (BfN), em um recente catálogo, arrolou uma série de impactos ambientais diretos e indiretos causados pelas atividades turísticas. Segundo a BfN, um deles vem dos próprios impressos de propaganda turística distribuidos: 258 milhões em 1995, o que significa 86 mil quilômetros, se colocados lado a lado. Isto representa 32 mil toneladas de papel a ser reciclado. Sem falar na energia gasta para produzir impressos, nem nos custos de energia que estão envolvidos nas viagens (transporte de pessoas, bagagens, gastos com filmes fotográficos e revelações, serviços de lavanderia etc). A BfN arrolou também danos ambientais à camada de ozônio (com as viagens aéreas), barulhos de aviões, trens e ônibus, lixo gerado por turistas, esgoto a mais a ser tratado, gasto de água suplementar em toilletes etc. O consumo de energia derivado do turismo, na Alemanha, foi assim estratificado em 1996: 37% nos quartos de hotéis, 21% nas cozinhas, 17% nos banheiros públicos, 12% nas lavanderias de hotéis, 7% na refrigeração de bebidas e alimentos, 4% em equipamentos de limpeza e 2% em limpeza e manutenção de piscinas. De acordo com a BfN, o principal ingrediente para ajudar a poupar energia é, surpreendentemente, a mudança de comportamento das pessoas. A redução da frequência de troca de toalhas, por exemplo, pode representar 20% de economia de água. E a redução da frequência das descargas em toilletes pode significar 60% a menos de consumo de água. A implantação de válvulas automáticas contribui com 50% de economia. Na composição do lixo dos turistas, na Alemanha, em média, 53% são resíduos de alimentos, 17% são papéis, 14% emablagens, 7% vidros e 9% outros componentes. A preocupação maior das autoridades tem sido encorajar a mudança de comportamento tanto por parte dos empreendedores quanto por parte dos turistas, pois só desta maneira é possível prevenir e não remediar danos - o que, muitas vezes, é pouco eficaz.