O habitat que mais sofre com este problema, no litoral, é o das dunas, praias, estuários, sem falar na fauna e na flora marinha ou de rios. O turismo trouxe populações inteiras para regiões cada vez mais próximas de costas litorâneas. Na região do Mediterrâneo, havia 54 milhões de turistas, em média, em 1970, número que passou para 157 milhões em 1990. Mais da metade da população mundial vive hoje em distâncias não superiores a 60 quilômetros das costas litorâneas. Na Alemanha, onde o turismo corresponde a 5,6% da renda derivada de atividades econômicas, os principais danos ambientais do turismo, no litoral, são: poluição do solo, ar e água, atrofia do solo e da água, impactos mecânicos, perda de biodiversidade, danos à proteção da costa litorânea. A perda de biodiversidade é um dos principais problemas. Segundo fontes do governo alemão, cerca de 2 mil espécies de plantas são extintas a cada ano nos trópicos, o que significa uma perda total de 8%. Entre 1985 e 2015, a expectativa é de que a perda seja de 25%, considerando-se todas as espécies de animais e vegetais. Só nas florestas, a perda de biodiversidade será de 5% a 15% até 2020. Estima-se que entre 3 e 130 espécies desaparecam diariamente do planeta. Muitas delas viram suvenires para turistas.