Emissões de CO2 da Espanha aumentaram 48% de 1990 a 2004
emissões de co2
2006-04-20
As emissões de dióxido de carbono da Espanha aumentaram 47.87% entre 1990 e 2004, mais de 2 % a cima do que tinha sido calculado anteriormente, declarou o Ministro do Meio Ambiente na segunda-feira (17/04).Este número consolida a posição da Espanha como o país com a pior performance, entre as nações desenvolvidas, no controle das emissões de gases do efeito estufa (GEE).
Dentro das regras estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto para reduzir as emissões de GEE, a Espanha poderia aumentar as suas emissões em apenas 15% entre o ano base (1990) e 2008. O aumento das emissões está descrito em um relatório que o Governo Espanhol deve entregar à Comissão Européia, segundo um porta-voz do Ministério. Este aumento, em relação às últimas medições, aconteceu principalmente por causa do impacto da seca, a qual reduziu a capacidade da geração hidrelétrica do país, sendo forçado a utilizar mais combustíveis fósseis.
O período hidrológico de 2004/2005 foi o mais seco já registrado. Com base nos dados de 2003, a Espanha já se encontrava na posição de pior performance entre os países desenvolvidos, com aumento de 41.7% em relação à 1990. Para efeito de comparação, a União Européia em geral registrou uma queda nas emissões de 1.4 % neste período. O acelerado crescimento industrial e o aumento do padrão de vida desde a década de 80, elevou a frota de automóveis e o consumo de eletricidade na Espanha.
Os Ministros do Meio Ambiente e das Indústrias do pais estão trabalhando no Plano Nacional de Alocação ( NAP – National Allocation Plan) para o período de 2008-2012, o qual distribuirá os direitos de emissão, influenciando no quanto as diferentes indústrias e companhias terão que gastar na compra de direitos de emissão adicionais, se estiverem a cima do limite. O NAP deve ser enviado à Bruxelas em junho.
(Reuters, 18/04/06)
http://www.carbonobrasil.com/noticias.asp?iNoticia=12430&iTipo=5&idioma=1