A enchente do rio Danúbio atingiu o delta do rio na Ucrânia, depois de causar destruição em vários países nos Bálcãs. Na Ucrânia, grupos de emergência estão fazendo diques e barreiras com sacos de areia na região de Odessa. As enchentes, que obrigaram milhares de pessoas a sair de suas casas na Sérvia, Romênia e Bulgária, estão sendo causadas pelo degelo e pelas fortes chuvas.
Na Sérvia, o governo diz que a água já atingiu o seu máximo em Belgrado, mas muitas áreas urbanas e agrícolas podem ficar inundadas por meses. O rio Danúbio atingiu seu maior nível desde 1895 na Romênia, onde áreas rurais e de florestas foram deliberadamente inundadas para proteger cidades.
Parte dessas áreas eram originalmente regiões inundadas e de acordo com o ministro da Agricultura do país, Adrian Tsibu, é possível que elas sejam mantidas sob a água. Os prejuízos econômicos são grandes, mas ainda não se equiparam às perdas ocorridas no ano passado ou em 2002, quando enchentes causaram caos na região. Em 2005, as enchentes nos Bálcãs deixaram dezenas de mortos e graves danos às áreas agrícolas e à infra-estrutura.
Danos por toda a região
Na Romênia, cidades como Rast e Negoi estão submersas depois de quase uma semana de enchente. Os rios Sava, Tisa e Tamis também encheram consideravelmente. De acordo com o correspondente da BBC em Budapeste, Nick
Thorpe, neste ano as cidades tiveram tempo para reforçar as defesas contra as enchentes. Na Bulgária, quase metade do porto de Nikopol, no Danúbio, está submerso, e alojamentos para mais de 1.200 pessoas foram montados em
Vidin.
O Danúbio agora está com um fluxo de 16 milhões de litros por segundo, cerca do dobro do volume normal em abril. Para o analista de economia agrícola Bill Slee, as enchentes podem atrasar o plantio de áreas como no norte da Sérvia. O chefe da Comissão do Danúbio, Daniel Nedialkov, disse à BBC que está “surpreso” com o nível do rio. “É incrível. É a primeira vez que isso acontece na história do rio”, disse Nedialkov, encarregado de gerenciar a navegação do Danúbio. “Vamos preparar um esquema [de combate às enchentes] para o futuro”, disse.
(BBC, 18/04/06)
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