Multinacionais pressionam por liberação de milho transgênico na CTNBio
2006-04-20
As empresas multinacionais de biotecnologia, a estadunidense Monsanto, a alemã Bayer e a suíça Syngenta, aguardam as avaliações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para obter a liberação de plantio e comercialização para seis variedades de milhos geneticamente modificados (transgênicos). As três empresas defendem este tipo de cultivo e detêm mais da metade do mercado mundial de sementes. Atualmente o plantio e a comercialização de milho modificado são proibidos no Brasil, mas os ambientalistas temem que isso sirva como pretexto para uma eventual aprovação do milho transgênico. A soja transgênica, por exemplo, foi liberada para comércio somente neste ano.
De acordo com assessor técnico e agrônomo da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA),Gabriel Bianconi Fernandes, na reprodução do milho, os grãos de pólen se transferem e fecundam o milho de um outro pé, por isto há probabilidade de contaminação dos milhos não-modificados. Já o coordenador-geral da CTNBio, Jairo Nascimento, diz que as dificuldades criadas em torno de qualquer tecnologia se constitui em atraso.
Atualmente, mais de 500 processos sobre os transgênicos tramitam na CTNBio.
(Agência de Notícias do Planalto, 19/04/06)