Estudo aponta falhas na preparação da Europa para pandemia
2006-04-20
Os governos europeus têm bons planos para se preparar para uma pandemia de gripe aviária, mas ainda há lacunas importantes na capacidade dos países de pôr as estratégias em ação, de acordo com um estudo publicado na edição de quinta-feira (20/04) da revista médica Lancet.
A disseminação global da cepa letal H5N1 da gripe aviária intensifica os temores de uma pandemia da moléstia entre seres humanos. Uma pesquisa realizada em 29 países europeus e publicada na edição online da Lancet mostra que 21 dessas nações têm planos nacionais de preparação para a epidemia já publicados, seguindo conselho da OMs - Organização Mundial da Saúde. No entanto, apenas três - Reino Unido, Holanda e França - já testaram a viabilidade de seus planos em exercícios de simulação.
Os planos nacionais baseiam-se numa taxa de mortalidade, provocada pela gripe aviária, de entre 230 a 465 pessoas por 100.000. No geral, os pesquisadores concluem que "planejamento de vigilância, coordenação e comunicação são bons, mas a manutenção de serviços essenciais, colocação em prática dos planos e intervenções de saúde pública estão menos bem preparadas". A maioria dos países também falharam em coordenar ações com nações vizinhas.
A pesquisa publicada na revista médica avaliou todos os 25 países-membros da UE, mais Bulgária, Romênia, Noruega e Suíça. A avaliação descobriu que a maioria dos países montou estoques de drogas antivirais, mas o nível de cobertura oferecido pelos estoques varia de país para país - entre 2% e 53% da população. E apenas sete países detalham, em seus planos, como os remédios serão estocados e distribuídos.
(AP, 19/04/06)
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