(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
2006-04-18
O acidente ocorrido na usina nuclear de Chernobil causou cerca de 200 mil mortes entre 1990 e 2004 em Ucrânia, Belarus e Rússia, segundo um relatório apresentado na terça-feira (18/04) em Moscou pela organização ecologista Greenpeace. "Um último estudo feito com o apoio da Academia de Ciências da Rússia assinala que os problemas são muito maiores que os apontados por pesquisas anteriores", diz o documento, que cita um relatório de 2005 da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que estima em quatro mil as mortes que Chernobil ainda causará.

O relatório, de 132 páginas, assinala que "números publicadas mais recentemente indicam que somente em Belarus, Ucrânia e Rússia ocorreram mais 200 mil mortes como resultado do acidente nuclear". "Só a análise das doenças oncológicas mostra que cerca de cem mil futuras mortes por câncer no mundo ocorrerão em conseqüência da catástrofe de Chernobil", ressalta o documento. Os ecologistas baseiam sua previsão em uma análise das estatísticas oficiais de câncer em Belarus.

"Os dados contidos neste relatório negam as conclusões da AIEA, que assinalam que as conseqüências do desastre de Chernobil não foram tão graves como se acreditava no início", disse Vladimir Chuprov, chefe do departamento de Energia do Greenpeace-Rússia, ao apresentar o documento em entrevista coletiva. Chuprov ressaltou que as conclusões da AIEA são uma "prova da imoralidade das idéias sobre o posterior desenvolvimento da energética nuclear".

Segundo a organização ecologista, a superfície contaminada com césio-137 em conseqüência do desastre de Chernobil foi de 45.260 quilômetros quadrados, sem contar os territórios de Ucrânia, Belarus e Rússia, os países mais afetados pelo acidente nuclear. O documento assinala que sem novas pesquisas é impossível conhecer o impacto final do maior desastre na história do uso pacífico da energia nuclear na saúde dos seres humanos.

"Vinte anos depois do desastre nuclear de Chernobil a necessidade de continuar os estudos de suas conseqüências a longo prazo é mais necessário que nunca", ressalta o relatório do Greenpeace. De acordo com dados da organização ecologista, entre cinco e oito milhões de pessoas vivem hoje, 20 anos depois, em áreas altamente contaminadas com elementos radiativos após o desastre de Chernobil.

O relatório de Greenpeace reúne uma análise exaustiva das doenças provocadas pelos efeitos da radiação no organismo das pessoas, em particular das patologias dos sistemas imunológico e endócrino, assim como das doenças do sangue e de afecções congênitas. "Vinte anos após o desastre de Chernobil quase todos os liquidadores (pessoas que participaram dos trabalhos para impedir que a contaminação radiativa de Chernobil continuasse a se propagar) apresentam insuficiências imunológicas", disse a professora Ida Oradóvskaya, do Instituto de Imunologia da Rússia.

Oradóvskaya afirmou que entre 80% e 84% dos "liquidadores" sofrem de três ou mais doenças crônicas, como arterioesclerose, hipertensão ou insuficiência cardiovascular. "São doenças habitualmente de idosos, mas os liquidadores as desenvolvem dez ou quinze anos antes, o que demonstra seu envelhecimento precoce", acrescentou a professora. Segundo a médica Galina Rumiantseva, do Instituto de Psiquiatria Serbski, um análise profunda de mais de dois mil "liquidadores" mostra que 40% deles têm doenças cerebrais.

Em 26 de abril de 1986, duas explosões atribuídas a uma cadeia de erros quando se realizavam testes no reator número quatro da usina ucraniana de Chernobil provocaram a catástrofe. Por causa do 20º aniversário da tragédia, são realizados em Belarus, Ucrânia e Rússia várias conferências científicas e alguns atos recordatórios.
(EFE, 18/04/06)
http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/mundo/2343501-2344000/2343749/2343749_1.xml

desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -