Fepam identifica oito empresas que depositaram lixo tóxico em Novo Hamburgo
2006-04-19
Após uma denúncia, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) encontrou,
na manhã do sábado (14/04), no terreno de uma fazenda no bairro Roselândia,
cerca de cem toneladas de resíduos tóxicos colocados irregularmente junto à
vegetação. No local, que fica na divisa de Novo Hamburgo com São Leopoldo,
foram recolhidos alguns materiais que, após uma triagem feita pela Fepam e que
se encerra possivelmente nos próximos dias, já foram identificadas oito
empresas da região responsáveis pelo lixo tóxico encontrado.
De acordo com o diretor técnico da Fepam, Jackson Müller, a identificação está
em processo administrativo, o que resulta no sigilo dos nomes das empresas
envolvidas. “Existem alguns casos em que efetivamente o material é de algumas
empresas e estes terão 48 horas para retirada do resíduo, após notificação”,
explica ele. Müller comenta que algumas das empresas já foram comunicadas por
telefone, para agilizar o processo de retirada. “Nos próximos dias, as empresas
serão autuadas e terão um prazo de 20 dias para apresentar justificativas”, diz
ele.
Outra ação para conscientizar e notificar os responsáveis será uma visita
conjunta ao local, que possivelmente ocorrerá amanhã. “Queremos levar os
responsáveis pelas empresas para conhecerem o local, muitos nem fazem idéia
onde fica este terreno”, esclarece o diretor. De acordo com ele, algumas
empresas contratam um serviço terceirizado para fazer o deslocamento dos
resíduos e não acompanham este trabalho. “Estamos orientando para que elas
verifiquem o local de destino dos resíduos, feito por empresas contratadas”,
finaliza.
Já a secretária municipal de Meio Ambiente, Margô Guadalupe Antônio, negou
ontem (18/04 o desconhecimento do caso pela Prefeitura e afirmou ter
identificado o local e empresas responsáveis no último mês. “Já tínhamos
encaminhado as notificações aos responsáveis pelo material tóxico e estes
teriam que se apresentar na Prefeitura nesta semana”, acrescenta ele. Margô
salienta que a Semam deixará o caso para a Fepam.
(Jornal NH, 19/04/06)