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2006-04-19
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, recusou-se na terça-feira (18/04) a descartar a hipótese de um ataque nuclear ao Irã caso a diplomacia não impeça o país de desenvolver um programa atômico. O Irã, que diz ter um programa nuclear voltado exclusivamente à geração de energia, disse às potências mundiais que não vai desistir da empreitada, não importando o que ficasse decidido numa reunião de terça-feira em Moscou.

Essa reunião terminou sem resultados substanciais, disse uma fonte próxima às negociações na noite de terça-feira à agência russa de notícias Interfax. A tensão provocada pela insistência iraniana levou o petróleo ao recorde de 72,64 dólares o barril. Há temores de interrupção no abastecimento por parte do Irã, quarto maior exportador mundial de petróleo. Em Washington, Bush disse que vai discutir as atividades nucleares iranianas com o presidente da China, Hu Jintao, que visita os EUA nesta semana. Ele não descartou uma retaliação nuclear caso a diplomacia fracasse.

"Todas as opções estão na mesa", disse Bush, questionado sobre a possibilidade de uma ação nuclear. "Queremos resolver isso diplomaticamente e estamos nos empenhando para isso." No começo do mês, a revista New Yorker disse que Washington tem planos para usar armas atômicas táticas (de pequeno porte) contra as instalações nucleares subterrâneas iranianas. Os Estados Unidos defendem a imposição de sanções ou mesmo o uso da força contra a Teerã, mas China e Rússia se opõem.

No final de março, o Conselho de Segurança da ONU emitiu declaração pedindo a Teerã que parasse com suas atividades nucleares e à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) que enviasse em 30 dias um relatório sobre o comportamento iraniano. "Seja qual for o resultado desta reunião (de Moscou), o Irã não vai abandonar seus direitos (à tecnologia nuclear)", disse Hamid Reza Asefi, porta-voz da chancelaria iraniana, antes do fim do encontro de terça-feira.

Sean McCormack, do Departamento de Estado dos EUA, disse que as discussões preliminares em Moscou indicavam que "há um amplo acordo sobre o fato de que o Irã não pode ter meios de desenvolver uma arma nuclear." Mas o porta-voz ressaltou que não foram tomadas decisões importantes em Moscou, e que a reunião serviu apenas como preparativo para as decisões a serem tomadas nas várias capitais.

Na semana passada, o Irã anunciou ter enriquecido pela primeira vez urânio em nível suficiente para o uso em usinas nucleares e disse que sua meta é a produção em escala industrial. Apesar de defender as sanções internacionais contra o Irã, Washington é contra o embargo ao petróleo e o gás do país, alegando que isso poderia causar dificuldades para a população iraniana.

CHINA QUER MODERAÇÃO
A China, que enviou na sexta-feira (14/04) um representante ao Irã para tentar resolver o impasse, repetiu seu apelo por uma solução negociada. "Torcemos para que todos os lados mantenham a moderação e a flexibilidade", disse Qin Gang, porta-voz da chancelaria chinesa. A Rússia reiterou sua oposição a punições. "Estamos convencidos de que nem a rota das sanções nem a do uso da força levará à solução para este problema", disse Mikhail Kamynin, porta-voz da chancelaria russa, segundo a agência Itar-Tass.

O chanceler Sergei Lavrov pediu ao Irã que suspenda a pesquisa e desenvolvimento do enriquecimento de urânio, em conversa telefônica com seu colega iraniano Manuchehr Motaki, na segunda-feira, de acordo com a Interfax. Nos EUA, o senador Joe Lieberman, membro da Comissão das Forças Armadas do Senado, disse ao jornal israelense Jerusalem Post que os EUA provavelmente não poderiam destruir o programa nuclear iraniano, mas podem, como último recurso, tentar retardá-lo com bombardeios. "Acho que o único uso justificável do poder militar seria uma tentativa de deter o desenvolvimento do programa nuclear deles caso sentíssemos que não há outra forma de fazê-lo", afirmou.

Em um desfile militar, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que o Exército está preparado para defender o país. "Ele vai cortar a mão de qualquer agressor e fará qualquer agressor lamentar (o ataque)." O Irã diz que não vai desistir de enriquecer urânio, mas se compromete a colaborar com a AIEA. A agência da ONU diz ser impossível comprovar ou descartar o desenvolvimento de bombas nucleares no Irã.

Inspetores da AIEA chegam na sexta-feira ao país para visitar instalações nucleares, inclusive a de Natanz, onde o Irã diz ter enriquecido urânio em 3,5 por cento, nível usado em usinas elétricas nucleares. A agência estatal iraniana Irna disse que Olli Heinonen, vice-diretor da AIEA para questões de salvaguardas, comandará a delegação. Um diplomata diz que sua presença sugere que o Irã pode fornecer algumas informações ainda faltantes. Especialistas dizem que o Irã levaria anos para produzir urânio enriquecido em quantidade e nível suficiente para uma bomba, pois atualmente conta com apenas 164 centrífugas para isso. Mas o Irã diz que vai instalar 3.000 novas centrífugas, o que bastaria para a fabricação de uma ogiva nuclear por ano.
(Reuters, 18/04/06)
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