Sete propriedades rurais de Quebrachinho, no interior de Bagé, estão sendo monitoradas por técnicos da Vigilância Sanitária do município.

A morte de mais de cem aves - entre frangos e perus - e de um cão está sendo investigada pela Secretaria Municipal de Saúde e por especialistas em toxicologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Análises preliminares feitas em vísceras de animais afastam a hipótese de que as mortes sejam decorrência da gripe aviária.

A morte dos animais foi comunicada às autoridades sanitárias locais em 26 de março. Segundo o coordenador de Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Saúde, Luiz Henrique Corrêa, a precariedade das condições sanitárias - as aves são criadas junto a outros animais - e o confinamento noturno inadequado, em pequenos galinheiros com pouca ventilação, teriam propiciado a proliferação da Bouba, doença caracterizada pelo enfraquecimento gradual do animal até a morte.

- A resposta dos exames de laboratório sai amanhã, mas a análise dos pulmões dos animais mortos, que estão limpos, descarta a possibilidade de gripe aviária - afirma o coordenador.

Secretaria tenta tranqüilizar produtores
Conforme ele, o cão pode ter morrido depois de se alimentar de uma ave morta. Em humanos, a Bouba poderia causar apenas problemas estomacais. O medo de moradores e agricultores de que a localidade tivesse se tornado foco da gripe aviária levou técnicos da Secretaria de Assistência Social a visitar casas e propriedades rurais.

- Explicamos que não há motivo para se preocupar com a gripe aviária - diz Corrêa.
(ZH, 19/04/06)