Os dois principais pólos turísticos do Tocantins (Jalapão e Cantão), ricos em cachoeiras e áreas verdes, vão receber este ano novos investimentos em infra-estrutura, proteção à natureza e marketing. Com atraso de três anos, o Estado foi o primeiro a assinar um protocolo de intenções para a segunda fase do PROECOTUR(Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal), que entrou em vigor na semana passada.

Nesta segunda fase, serão impulsionadas as atividades turísticas apoiadas na primeira fase do projeto, afirma Drayan Macrini, coordenador de logística e execução da ADTUR (Agência de Desenvolvimento Turístico do Tocantins). A região deve receber estratégias de marketing, medidas de proteção à natureza e mais investimentos na infra-estrutura de atendimento aos visitantes. Segundo Macrini, serão elaborados roteiros para os dois pólos turísticos e projetos para melhorar a infra-estrutura de rios e cachoeiras dos parques, que ajudem a preservá-los da maior movimentação.

Na primeira fase do projeto, desenvolvida desde 2000, o Tocantins recebeu US$ 3,5 milhões, provenientes de um empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A verba foi aplicada na capacitação de funcionários, em estudos que apontaram as estratégias para desenvolver o ecoturismo no Estado e no início da construção da infra-estrutura básica para receber os turistas.

O Parque Estadual do Jalapão foi o maior beneficiado. Conta hoje com uma pista de pouso para aeronaves, inaugurada na terça-feira passada, uma sede administrativa, um alojamento para funcionários, rede elétrica e sistemas de abastecimento e distribuição de água. Lá, assim como no Parque Estadual do Cantão, foi implantado também um centro de atendimento ao turista.

O projeto estimulou também o investimento dos próprios moradores em atividades voltadas aos turistas, de acordo com Marissônia Lopes de Almeida, coordenadora de recursos ambientais da SEPLAN (Secretaria Estadual do Planejamento e Meio Ambiente). “Se você fosse antes a Caseara [município onde fica o Parque Estadual do Cantão], não tinha nenhum hotel ou lugar para ficar. Hoje as pessoas já vêem o turismo como uma atividade de comércio que pode melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram lá”, aponta.

Apoiado pelo PNUD, o PROECOTUR é um projeto do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Ministério do Esporte e Turismo, da EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) e do governo dos nove Estados que compõem a Amazônia legal brasileira: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O objetivo do programa é estabelecer diretrizes para fomentar o turismo ambiental na floresta.
http://www.pnud.org.br/meio_ambiente/reportagens/index.php?id01=1931&lay=mam