Eleja quer acelerar cronograma de Jacuí I
2006-04-17
O presidente da Eleja, Júlio Magalhães, está na Alemanha, onde permanece 15 dias em negociações com os acionistas da empresa, controladora de Jacuí I, bancos e Siemens. A intenção é acelerar o projeto da hidrelétrica, com início das obras previsto para junho. Segundo Magalhães, apesar do atraso no inventário da usina, que deveria ter sido entregue dia 14, junto com o cronograma de conclusão, o projeto não pode esperar, pois o prazo estipulado para entrega da energia vendida no leilão de dezembro é 1º de janeiro de 2009.
"O inventário foi adiado para a metade de maio, o que ainda permitirá que as obras se iniciem em junho", garante ele. No leilão de dezembro, foram comercializados 254MW, restando 70MW para serem vendidos. A idéia inicial, de participar do próximo leilão de energia nova, marcado para 12 de junho, passa por uma revisão. De acordo com Magalhães, os acionistas alemães da Eleja preferem concentrar esforços na conclusão da usina e esperar para vender a energia que resta mais adiante. É um dos assuntos a serem tratados na viagem.
Desde o início do mês que a Eleja é dona de 100% de Jacuí I. A empresa pagou R$ 31,3 milhões pela fatia da Tractebel, em 26 parcelas, pagas a partir da operação da usina ou março de 2010, corrigidas pelo IGP-DI. Uma pequena parte, de R$ 1,09 milhão, será paga com o fornecimento de carvão mineral.
As obras de conclusão da usina demandarão 500 milhões de dólares e vão gerar 3 mil empregos diretos. Na operação, serão 600. Jacuí I já tem garantida uma receita anual de R$ 289,2 milhões, equivalente aos 254MW comercializados no leilão. A CEEE comprou 25%, que somam US$ 2 bilhões em 15 anos.
(Panorama Econômico/CP, 17/04/06)