Cerca de 15 mil sofrem da tosse do 11 de setembro nos EUA
2006-04-17
O número de nova-iorquinos acometidos por doenças respiratórias ligadas aos atentados de 11 de setembro de 2001 já chega a 15 mil. A cifra foi coletada pela BBC e se refere a pessoas que estão recebendo tratamento por problemas respiratórios provocados pelos atentados contra as torres do World Trade Center, no que já vem sendo chamado de "tosse do 11 de setembro".
Muitas das vítimas afirmam que o governo deu informações incorretas de que o ar da cidade não estava contaminado. As pessoas supostamente afetadas estão agora se mobilizando para entrar com uma ação popular. Na última terça-feira (11/04), um médico legista apresentou um relatório no qual disse que a morte de um policial em decorrência de uma doença respiratória estava diretamente ligada aos efeitos dos ataques de 11 de setembro.
O policial James Zadroga, que trabalhava junto aos escombros das torres do World Trade Center, morreu em janeiro deste ano. O parecer do legista foi o primeiro a atribuir uma morte a efeitos da poeira dos atentados de 11 de setembro. A chamda "tosse do 11 de setembro" tem acometido pessoas de diversos segmentos da sociedade americana.
Jeff Endean costumava ser um atlético líder de uma unidade especial da polícia, Swat. Mas agora ele enfrenta sérios problemas de respiração e sobrevive à base de um coquetel de remédios que toma diariamente. A categoria mais afetada por males de saúde ligados aos ataques de 11 de setembro foram os bombeiros de Nova York. Há um total de 15 mil bombeiros que sofrem de doenças supostamente ligadas à poeira gerada pelos atentados.
Em entrevista à BBC, o responsável pela área de Saúde do governo americano, John Howard, disse que entre 30 mil e 50 mil pessoas na área dos escombros das duas torres podem ter sido expostas à poeira tóxica pós-atentados. Mas acrescentou que ninguém sabe que doenças elas podem manifestar neste momento.
(BBC, 12/04/06)
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