Setor eólico encaminha carta à Eletrobrás com principais dificuldades do Proinfa
2006-04-13
A Associação Brasileira de Energia Eólica pretende entregar à Eletrobrás, ainda esta semana, um documento em que lista as principais dificuldades do segmento para implantar os empreendimentos inseridos no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica. O segmento de eólica responde por 1.422 MW no Proinfa, mas por enquanto, somente 208,3 MW estão com cronograma de implantação dentro da normalidade. Entre os principais obstáculos está a nacionalização de equipamentos.
Segundo Adão Muniz, presidente da ABEE, a proposta incluída na lei que cria o Proinfa é boa, mas para a indústria internacional não foi atrativa o suficiente, principalmente por que não há perspectiva de futuro para o segmento no país. "Além disso, a conjuntura mundial para o segmento também influenciou na decisão, já que, em outros países, a geração de energia eólica cresceu 30% nos últimos anos", comentou.
Criada em 1999, a associação foi reinstalada há duas semanas com o objetivo de dar maior participação ao segmento de eólica nas discussões relativas à expansão das fontes renováveis no país. A reunião decidiu ainda a nova diretoria da ABEE, composta pelo presidente e mais 11 vice-presidentes representantes de vários segmentos do setor de geração eólica, incluindo investidores autônomos e não-autônomos, fabricantes, montadores, consultores, entre outros.
(Canal Energia, 12/04/06)