Caça aos pombos: depois de capturados, são envenenados, congelados e queimados
2006-04-12
Várias entidades públicas e privadas de Beja, Portugal, começaram na terça-feira (11/04) uma ação de captura de pombos para reduzir o efetivo estimado em oito mil destas aves na cidade e atenuar focos de poluição e estragos em edifícios. A notícia é avançada pela Agência Lusa. A acção, liderada pelo Governo Civil e Câmara Municipal de Beja, envolve outras seis entidades com edifícios no centro histórico e deverá prolongar-se durante os próximos seis meses.
Manuel Monge, Governador Civil de Beja, explicou à agência Lusa que a ação pretende "reduzir drasticamente o efetivo de cerca de oito mil pombos vadios que se estima existirem na cidade". "Com esta redução queremos sobretudo atenuar os impactos negativos da poluição provocada pelos pombos na saúde pública e reduzir os estragos causados em edifícios do centro histórico", precisou.
De acordo com o responsável, a ação de captura dos pombos, num investimento de cerca de 30 mil euros, está a ser realizada por uma empresa privada da área da desinfestação e controlo de pragas. "A empresa está a montar gaiolas em vários locais e edifícios problemáticos da cidade», explicou, acrescentando que «os equipamentos têm água e comida para permitir a sobrevivência dos pombos até ao momento da recolha".
Depois de recolhidos, continuou Manuel Monge, "os pombos serão eliminados com anidrido carbónico (CO2), congelados e enviados para incineração numa empresa no Porto", legalizada e autorizada pela Direcção-Geral de Veterinária para efectuar este tipo de serviço. "Não definimos um número concreto de aves a capturar», explicou, acrescentando que apesar de estipulado «um período de seis meses para a captura, a acção terminará quando se verificar uma efectiva redução de pombos na cidade".
O Governador Civil defendeu ainda que "esta é a melhor solução conhecida para capturar aves", garantido que "o processo não irá causar qualquer sofrimento aos pombos".
(Portugal Diário, 11/04/06)
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=668896&div_id=291