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2006-04-12
A ONU alerta para a necessidade de redobrar os esforços internacionais para que a energia seja mais acessível para poder reduzir a pobreza, impulsionar o desenvolvimento industrial e abordar o problema da mudança climática. Em um relatório divulgado na terça-feira (11/04) intitulado "Tendências para um desenvolvimento sustentável", a ONU indica que houve avanços na utilização de recursos energéticos e na redução da poluição atmosférica, mas ainda restam grandes desafios.

O documento evidencia que o consumo da energia continua aumentado, mas ao contrário do que se poderia pensar, está fazendo isso a um ritmo mais lento do que o crescimento da economia mundial. O crescimento do consumo energético é menor, porque as indústrias têm a atividades que não requerem tanto gastos de energia, assim como houve um giro nos países industrializados rumo ao setor de serviços.

Os altos preços do gás e do petróleo estão impulsionando a conservação da energia, além da busca de soluções alternativas e mais competitivas. No entanto, o relatório diz que, se os preços continuarem aumentando, terão efeito adverso para a economia mundial, e especialmente para o desenvolvimento sustentável das nações pobres. O consumo de energia elétrica nos países menos desenvolvidos, especialmente no sul e leste da Ásia, aumentou a um ritmo maior que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), devido ao acesso da população a aparelhos e eletrodomésticos que melhoram seu nível de vida.

No entanto, o relatório expressa a preocupação pelo fato de ainda existirem 1,6 bilhão de pessoas no mundo que não têm acesso à energia elétrica e 2,4 bilhões que ainda usam lenha para cozinhar ou se aquecer. "Na África subsaariana, apenas 20% das casas têm acesso à eletricidade. Um grande desafio é o acesso a esta energia para permitir o desenvolvimento econômico e industrial", disse José Antonio Ocampo, subsecretário para Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.

O consumo da energia nos países em desenvolvimento é entre um terço e um quinto da quantidade utilizada pelas nações industrializadas, segundo números da ONU. Enquanto o consumo individual de energia tem correlação com a renda per capita, na Europa e Japão é menos intenso que nos Estados Unidos, país que importa diariamente 20,7 milhões de barris de petróleo.

Outros países como a China aumentaram sua dependência da energia, devido ao crescimento industrial, e atualmente o petróleo representa entre 40% e 59% das importações, em comparação à década anterior. "O que ocorre no setor da energia em nível mundial é crítico para o desenvolvimento industrial e o problema da mudança climática", ressaltou Ocampo.

Na área da poluição atmosférica, evidencia que houve certos avanços, mas ainda são necessárias iniciativas maiores se os países quiserem alcançar os objetivos fixados para 2012 pela Convenção de Kioto. Neste sentido, observa que os combustíveis são cada vez mais "limpos", inclusive os combustíveis fósseis, e com isso o ritmo de crescimento das emissões de dióxido de carbono é inferior ao do consumo da energia. Particularmente, dá ênfase especial na drástica redução das emissões de dióxido de sulfureto nos últimos 20 anos, graças aos regulamentos dos Governos e à aplicação de tecnologias mais limpas.

Ocampo disse que um passo decisivo foi praticamente a eliminação da gasolina de chumbo, inclusive nos países da África subsaariana. O consumo de gás natural e, em menor medida, de energia nuclear ou renovável também contribuíram levemente para a queda do nível de emissões de dióxido de carbono. "Este avanço aconteceu porque os Governos, empresas e organizações não-governamentais levaram estes desafios a sério", disse Ocampo.

O relatório será a base para as discussões na XIV sessão da Comissão de Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá em Nova York de 1 a 12 de maio, para discutir a interdependência entre o progresso econômico, o desenvolvimento industrial, a poluição ambiental e a mudança climática.
(EFE, 11/04/06)
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