Roberto Requião estuda alternativas para o Porto de Paranaguá
2006-04-12
Depois de conhecer o despacho da ministra do
STF Ellen Gracie, o governador do Paraná, Roberto Requião admitiu pela primeira
vez que o Porto de Paranaguá não tem outra saída a não ser liberar o embarque
da soja transgênica. Não está, porém, definido como isso deve ocorrer. Por
enquanto, os caminhões com soja transgênica continuam sendo barrados na entrada
do porto porque só entram no terminal os carregamentos identificados como
"contém transgênicos" ou "não contém transgênicos". Assim, ficam impedidas as
identificadas com o "pode conter".
"Vamos encontrar uma saída para os transgênicos nos terminais e armazéns
privados porque no silo público eu não vou admitir o ingresso", declarou o
governador. Ontem a tarde houve uma reunião, não conclusiva, das autoridades
portuárias sobre como iniciar a operação com transgênicos onde se cogitou a
possibilidade da exportação pelo terminal de açúcar recém-inaugurado ou pelo
porto auxiliar de Antonina, hipóteses logo descartadas.
O mais provável é que um grande terminal e o armazém privado como os da Coamo,
ou de outra cooperativa, seja segregado e utilizado para transgênicos. O porto
se prepara para admitir somente duas situações: para o embarque da soja
identificada com o "contém" ou "não contém" transgênico.
(GM, 12/04/06)